No estágio 2018/2, do PEAD, trabalhei com Projetos de Aprendizagem. Foi bem gratificante observar e confirmar que o PA contribui muito no processo de aprendizagem dos alunos, tornando-os mais autônomos e cooperativos. A turma estava inserida em um processo de receber todo o conteúdo pronto e responder aos mesmos de forma automática, sem construir conhecimento. Ao termino das aulas as informações apresentadas não tinham sido assimiladas. Freire escreve:
Enquanto na concepção ‘bancária’(...) o educador vai ‘enchendo’ os educandos de falso saber, que são os conteúdos impostos; na prática problematizadora, vão os educandos desenvolvendo o seu poder de captação e de compreensão do mundo que lhes aparece, em suas relações com eles não mais como uma realidade estática, mas como uma realidade em transformação, em processo. (FREIRE, 1993, p. 71).
O PA com a turma 142 foi um sucesso, pois ao termino do projeto pode-se ver o aprendizado adquirido pelos alunos, a autonomia dos mesmos foi desenvolvida e o trabalho cooperativo foi um ponto forte do PA. Os alunos aprenderam a trabalhar em grupo e fazer pesquisas. Foram trabalhados juntamente com o projeto os conteúdos programáticos e os temas transversais, com muita interdisciplinaridade.
Com o PA, percebi a
necessidade de buscar novas metodologias, que desenvolvessem a autonomia e
construção do conhecimento da turma, Graça (1998), “a visão construtivista do
ensino preconiza o aluno como construtor de sua própria aprendizagem [...]”,
bem como minha organização para seguir as atividades do PA, previamente
estabelecidas no planejamento. Com os trabalhos em grupo as aulas se
tornaram mais participativas, os alunos foram mais exigidos, pois deixei a
cargo dos mesmos a tarefa de realizarem todo o trabalho, dando dicas,
explicando, fazendo perguntas e corrigindo quando é necessário. Para Becker
(2012), “O resultado de uma sala de aula assim configurada é a construção e a
descoberta do novo, é a criação de uma atitude e de coragem que essa busca
exige.” As atividades sobre o PA foram diferenciadas, agradando a maioria dos
alunos. Claro que nem todos os alunos desenvolveram a construção do
conhecimento no mesmo nível, mas conseguiram evoluir tanto no que diz respeito
ao projeto “Profissões”, quanto ao conteúdo curricular previsto no planejamento
anual.
Rever e mudar minha opinião sobre o PA foi um grande avanço na minha jornada como professora. Tornar ,com o PA , as aulas mais atraentes e significativas foi trabalhoso, mas os resultados foram muito positivos.
BECKER, Fernando. Educação
e construção do conhecimento, p. 14, 2ª ed. Porto Alegre: Penso, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia
do oprimido. São Paulo: Paz e terra, 1993.
GRAÇA, A.; OLIVEIRA, J.
O ensino dos jogos desportivos. Porto: Rainho & Neves, 1998. p. 27-34.
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