quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Reescrevendo Postagens II


São vários os fatores que dificultam o aprendizado escolar e a alfabetização,  podemos começar pelos alunos que apresentam dificuldades com laudo técnico, com problemas como dislexia, disgrafia, discalculia,  disortografia, hiperatividade, déficit de atenção, ... E nas escolas ou postos de saúde não há profissionais capacitados para atuar com estas crianças.“A alta prevalência e a persistência da dislexia do desenvolvimento durante a vida toda e os seus efeitos sobre a qualidade de vida tornam a dislexia um dos problemas mais importantes de saúde pública”. (GRIGORENKO, 2003).
                    Outros fatores que contribuem para o quadro de dificuldades são: a escola não estar preparada para receber os alunos desta geração, teria que rever conceitos, currículos e práticas pedagógicas, abordando conteúdos de forma diferenciada. As escolas, também  não se encontram estruturalmente preparadas, pois  as salas de aula, laboratórios, tanto de tecnologias , de  Ciências e bibliotecas estão sucateadas,  em péssimas condições. Também, não é prioridade dos responsáveis pela educação, salas de recursos e reforços. Ainda com referência e escola, a mesma se encontra sobrecarregada com tantas atribuições como aprendizado, educação, limites,  lidar com a violência dentro e fora da sala de aula, falta de recursos, ...
                     O meio, violento e agressivo, em que as escolas e alunos estão inseridos, também contribuem em muito para a dificuldade dos alunos se alfabetizarem. Como um aluno pode conseguir aprender se há conflitos  familiares que não conseguem entender nem o porquê daquelas situações como : separações, abandono, violência doméstica, drogas, alcoolismo na família, miséria,  ... Souza coloca, a partir de autorrelatos de professores, que os grandes motivos dos encaminhamentos para os atendimentos psicológicos relacionam-se aos mais diversos tipos de queixas dos alunos. (Souza, 2005)
              A falta de motivação, também, é fator importante que dificultam  o aprendizado.   Para Vygotsky, o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. A não motivação ou desmotivação  interfere diretamente na aprendizagem. As motivações dependem do professor, dos seus planos de aula e estratégias diferenciadas para interessar seus alunos. “ Para motivar os alunos, é imprescindível analisar as formas de pensar e aprender para desenvolver estratégias de ensino que partam das suas condições reais, devendo ir além do cognitivo e avaliar a afetividade (Werneck, 2000)

Refrências:
GRIGORENKO, E. L. The first candidate gene for dyslexia: Turning the page of a new chapter of research. Proceedings of the National Academy of Sciences of The United States of America, Washington, v. 100, n. 20, p. 1190-1192, 2003.
Souza MPR. Prontuários revelando os bastidores do atendimento psicológico à queixa escolar. Estilos Clin. 2005;10(18):82-107.
Vigotsky LS. Pensamento e linguagem. 3a ed. São Paulo: Martins Fontes; 1998.

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