segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

México

Neste segundo semestre de 2016, por conhecidência  trabalhamos projetos de aprendizagem no EAD, e participei na escola de um Projeto de Aprendizagem que foi nomeado "Conhecendo o mundo pela pesquisa". O país da minha turma  de primeiro ano foi o México. Comecei o projeto (que era obrigatório) perguntando: - Vocês conhecem o México? Sabem o que é? Onde se localiza? ... E fomos trabalhando o "novo" país, com interesse. Conforme íamos descobrindo o México  perguntas iam se formando.  Olhamos fotos do país e suas paisagens, descobrimos quais suas comidas típicas, suas vestimentas de festa, suas crenças como o "Dia dos Mortos", ... Fui muito interessante ver os alunos apresentarem o projeto aos familiares. Foi mais legal ainda ver a escola toda participando do projeto e ver meus alunos, tão pequenos, prestarem atenção aos projetos das outras séries.
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domingo, 11 de dezembro de 2016

A reforma do Ensino Médio.

Por que presenciamos, hoje, este debate sobre a Reforma do Ensino Médio? Simplesmente porque é uma reforma sem base. Sem critérios  e sem  benefícios legais aos estudantes e professores.E uma reforma sem estudo e sem seriedade dos governantes e responsáveis pela educação. Retirar do quadro de disciplinas materias com Filosofia, Arte, Sociologia e Educação Física, como já retiraram Música, só faz decair, cada vez mais, o nível da qualidade da educação. O Governo só quer atingir índices. Não quer cidadãos pensantes, críticos e que contestem. Diminuir disciplinas e aumentar carga horária não qualifica o ensino, muito pelo contrário são ações de difícil implantação e que serão no futuro mudadas novamente em outra reforma. A reforma tem que ser estudada, avaliada, mudar todo o sistema de ensino e como o currículo pode ser explorado de forma satisfatória e prazerosa pelo aluno. Sobrecarregar alunos com mais horas de determinadas matérias, ou professores com acumulo de funções, ou pior ainda colocar não professores em saala de aula não é realmente a solução para alcançar índices e receber verba internacional.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sustentabilidade - mensagem enviada ao fórum - Ciências

A sustentabilidade parace ser algo irreal, quando nos deparamos com industrias trabalhando a todo o vapor, para dar aos seres humanos um conforto ilusório e efêmero. Nós humanos, habitantes da Terra não estamos preocupados com o futuro ou o mundo que deixaremos pra nossos filhos. Geramos quantidades intermináveis de lixo, poluímos tudo que está ao nosso alcance: mares, rios, terras, ... enfim estamos voltados para o hoje, e para o quanto podemos consumir. 
A sustentabilidade só será encarada de forma séria, quando realmente for tarde demais. Quando já não existir água potável, solo fértil e rios com peixes. Acabamos de presenciar em Mariana o grande desastre ecológico que afetou uma grande região, e que não dá mostras de recuperação, somente morte. E este quadro permanecerá intacto por gerações. 
Não digo que não há quem lute e preserve nossas riquesas e reservas naturais, temos muitos exemplos como  a de margens de rios, dentro de propriedades particulares,  que estão sendo preservadas, mas enquanto isto o Governo manipula órgãos, em todas as instâncias para obter lucro devastando o meio ambiente.
A sustentabilidade tem que começar em nossas casas: reciclando lixo, poupando água e energia, conscientizando as pessoas do quanto é importante não sujar ou poluir.
Entrou em minha casa, a pouco tempo, produtos orgânicos, de familias que tentam praticar a sustentabilidade, mas confesso são produtos caros. Não entendo a lógica, pois se não tem agrotóxicos deveriam ser mais acessíveis, mas bem a questão aqui são estas famílias que cultivam e buscam não esgotar os recursos da terra e produzir um alimento mais sadio. A toda hora vemos, também, na tv, uma famosa marca de produtos de beleza, a pregar a sustentabilidade, usando em seus produtos materias primas naturais e de sustentabilidade. Se for verdade é uma iniciativa louvável. 
O texto pode parecer meio confuso, pois além da sustentabilidade, que é a questão do fórum, foi descrito vários fatores existentes que estão a destruir a vida na Terra, mas ao meu ver tudo está interligado. Não pode haver sustentabilidade onde critérios de plantio ou colheita não sejam respeitados. Onde haja lixo impregnando mares e rios, deixando a pesca sem condições. Sustentabilidade é um ponto no mundo cercado por situações complicadas de se resolverem.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Ciências da Natureza.


Quando a pergunta: como as Ciências da Natureza podem auxiliar na construção de ideias cada vez mais complexas do mundo, é feita, nos deparamos com infinitas respostas, pois as Ciências estão intrinsicamente atreladas as nossas vidas! Como viveríamos sem ar e água? Como saber o melhor tipo de alimento para ingerirmos? Quais as noções básicas de higiêne? E infinitas perguntas que vamos respondendo ao longo da vida.  No caso das  crianças, curiosas,  elas   vão no transcorrer de suas infâncias elaborando suas ideias sobre o mundo e tudo que está inserido neste contexto e que lhe seja acessível. Quando  observa algo, vai formulando suas opiniões sobre os assuntos. Ao ter acesso a mais informações, como na educação infantil, onde haja o desenvolvimento de objetivos que interessem ao aluno, vai formulando cada vez mais suas opiniões sobre as coisas, como uma esponja vai absorvendo informações e construindo de maneira simples suas conjecturas, até formar um senso comum de entendimento das coisas. Ao longo do percurso, como é normal, vai mudando seus conceitos ou inserindo mais conceitos aos já pre definidos em sua mente. Aprende brincando.Experimenta, pergunta, reflete, observa e elabora, as vezes tudo ao mesmo tempo, questões as quais tem interesse. O mundo é para os pequenos muitíssimo complexo, mas responde perguntas de forma simples, com pensamentos sincréticos que vão aos poucos, na vida escolar e com a maturidade, se tornando reais. É através das Ciências da Natureza, que vão conhecendo tudo a sua volta, isto é necessário para entenderem vários conceitos, como: a vida na Terra, a evolução das espécies, sistema solar, vida na terra, espaços, ...

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Porque as crianças trabalham quando deveriam brincar - texto autoral para o projeto de aprendizagem

 A criança sente muito prazer ao brincar. É algo natural, que estimula o cérebro, faz com que interaja com seus pares, definindo regras as quais vai assimilar e respeitar. O brincar inclui a fantasia, onde os pequenos  abstraem tudo que há de bom em seu meio e sonham com coisas que talvez nunca tenham, mas há um crescimento neste processo, pois aprendem a lidar com as limitações, tanto suas quanto as do meio a que pertencem. Aprendem com a forma lúdica que podem não ter o que querem, mas que suas mentes trazem para a brincadeira sem esforço. 
     Por isso nos impactamos  ao saber que um grande número de crianças trabalha forçadamente, perdendo momentos preciosos de seu crescimento, pulando etapas essencias para o seu desenvolvimento. Como a palavra diz, criança é uma  pessoa pequena, ingênua, e é através desta ingenuidade e fragilidade que é abusada de muitas formas. O trabalho infantil não é algo novo, existe a milhares de anos e vem se perpetuando até os dias de hoje. Começa desde as eras em que os homens se achavam donos de outros, quando a escravidão era comum, onde muitos povos, não somente negros e índios, eram escravizados, mas todos que eram inimigos ou considerados  incultos. Onde  vidas eram epólios de guerras ou eram trocadas por dívidas e  favores e não eram consideradas valiosas, apenas mão de obra. 
     Com o passar das eras e o fim da escravidão, a criança continua sendo usada como mão de obra barata, pois ainda é vista como um adulto pequeno. Ser criança é um conceito novo. Sendo considerado um adulto pequeno, poderia, sim, trabalhar como tal. Estes trabalhos, inicialmente, eram realizados dentro das famílias, nos campos, ou em trabalhos artesanais, onde havia um mestre para ensinar o trabalho. Com a revolução industrial surgem novos campos de serviços, obrigando as crianças, com precárias situações financeiras, a  continuar trabalhando, agora em fábricas e industrias, sem nenhum direito ou segurança. 
     Atualmente, mesmo que  não queiramos acreditar, o trabalho infantil, as vezes escravo, ainda existe no Brasil e no mundo, principalmente em países muito pobres e com guerras civis.  A falta do brincar gera avanços ou nulidades de etapas importantes para o desenvolvimento infantil. O trabalho infantil causa prejuízos maiores ainda, prejuízos estes emocionais, físicos , intelectuais, sociais e morais. A formação de sua Identidade fica "perdida", confusa, a infância  deturpada.  
     A criança é um ser tão especial e tão ingênuo que brinca mesmo trabalhando, usa as fantasias e sua imaginação para transpor as barreiras impostas pelo cansativo dia a dia, onde trabalha ao invés de brincar. 

- Estes parágrafos são partes integrantes do texto do Projeto de Aprendizagem, feito com Diego Lutz, Rosangela Liesenfeld, e Denise Cunha.

domingo, 6 de novembro de 2016

Operações Aritméticas.

A criança usa as quatro operações muito antes de entrar na escola, faz isso de forma  pura e simples. Ao ingressar na escola são apresentados aos alunos números e simbolos, o que de certa forma pertuba seu singelo saber. Ao aprender na escola  as operações aritiméticas o aluno se depara com fórmulas, modelos e rotinas de resoluções de problemas, e estes problemas são progressivamente colocados em graus de dificuldade conforme  a evolução do entendimento do aluno. Muitas vezes o aluno necessita aprender alguns conceitos para poder se apropriar  do conteúdo, pois só a técnica não é o suficiente para a aquisição dos conceitos. Também é necessário para a aquisição dos conceitos em matemática técnicas que usem materiais  concretos e situações do cotidiano e de interesse dos alunos.

sábado, 29 de outubro de 2016

Experimento - Ciências

Nesta semana, achei que tinha feito meu primeiro experimento de Ciências, mas na verdade foi o segundo, pois no primeiro nem me dei conta que estava incluindo em minha aula tal disciplina. Ao perguntar algo para meu aluno ele me fez recordar que já tinhamos plantado feijões, após a história de "João e o pé de feijão". No momento do plantio e crescimento dos brotos, não me dei conta que as inúmeras explicações que dava sobre o copinho com brotos era uma aula de Ciências. O experimento desta semana, foi um, pouco mais elaborado e tinha consciência que era uma experiência. Me deparei com alguns pontos de referencia do livro "Ser professor é ser pesquisador" que na pagina sete diz que o professor tem que elaborar planos e atividades, reproduzir conteúdos e interpretar e observar. Me vi planejando a aula e estudando sobre o assunto, pois não sabia nada a respeito. Tentei interpretar e observar a reação dos meus alunos e conclui que na realidade o maior aprendizado foi o meu, pois além de estudar sobre o experimento observei a grande curiosidade dos alunos com relação ao tema experiências. Na escola, onde leciono, a professora de Ciências, fez com os alunos células, com massinha de modelar, dentro de potes, feitos com garrafas pets, e gelatina colorida. Tudo foi exposto no saguão da escola, e a curiosidade dos alunos dos anos iniciais era muito grande. Relataram que gostariam de fazer aquele trabalho, mas não sabiam ainda o que era uma célula. Naquele momento não me dei conta, com a minha turma, que poderia ter explorado mais o assunto, mostrando para os alunos o que era uma célula e qual eram suas funções. Agora no PEAD, tenho mais consciência dos acontecimentos a minha volta e não vou deixar passar mais estas oportunidades de explorar os conteúdos através da curiosidade dos meus alunos, mesmo  que o assunto ainda não faça parte do currículo da alfabetização.

- BECKER, Fernando   - MARQUES, Tania B. I - Ser professor e ser pesquisador .

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Alfabetização Matemática.

Conforme o texto "Alfabetização Matemática nas séries iniciais, ..." fica claro a ideia do autor de que a criança deve ser introduzida na matemática desde os primeiros anos de escola. Essa alfabetização inicia-se com a construção da lógica matemática, conforme Kamii (1986), onde tal verificação se dá pela coordenação das relações simples que a criança criou anteriormente entre os objetos. Pela leitura do texto, também podemos perceber, conforme cita Danyluk (1997) "que a" Matemática é considerada, por muitos, uma ciência para poucos ou uma ciência para "gênios"" e que está fora do cotidiano escolar". O autor ainda afirma através de citação, também de Danyluk , " que o processo de alfabetização pode ser dar conjuntamente com a aquisição da leitura e escrita".
Inia-se a alfabetização matemática com a comparação, correspondência, classificação, seriação, pertinência,  sistema decimal e valor posicional, que são a base para a  matemática.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Tempo no espaço escolar.



Para o professor, na atualidade, o tempo de sala de aula deixa de ser aquele tempo de cumprir com as obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária? Sim ou não por que?
R: Não, porque por mais que tentemos, as obrigações e cobranças são constantes. O setor pedagógico das escolas não deixa que esqueçamos dos períodos e dos conteúdos a cumprir. “Dar conta do conteúdo” é parte obrigatória do nosso tempo. Estamos sempre correndo atrás do tempo, que parece nunca ser o suficiente. Ainda, como professores lidamos com outras relações de tempo e espaço na escola, como com os alunos que são observados por não atenderem as exigências da sala de aula, como aprender homogeneamente com o grupo, por não cumprir suas tarefas ao mesmo tempo que os demais, e até mesmo tomar ou comer seu lanche em tempo diferente ao da turma. Sempre pensamos “estamos atrasados novamente”. Como professores temos uma ansiedade de que os alunos aprendam ao mesmo tempo, tudo. Ainda há as rotinas da escola, a qual não conseguimos escapar e que faz parte do bom andamento da escola, como o tempo certo para ir ao recreio, para usar a pracinha, o laboratório de informática, a biblioteca, o banheiro, e até tomar água. Somos controladores do tempo. Enquanto a aluno está em sala de aula, seus passos são rigidamente cronometrados. Temos, também, como professores, muita dificuldade de aliar a quantidade de tempo com a qualidade do mesmo. Perdemos muitos minutos do nosso dia educando, no sentido literal de dar limites, ensinar a se portar em sala de aula, respeitar o próximo, legado da família delegado nesta época ao professor, que não consegue, por estes motivos, ser um mediador de maneira plena. Quantas vezes nos deparamos com um projeto ou plano de aula, ao qual demandamos várias horas de aplicação (tempo de novo), normalmente em casa, que não conseguimos aplicar por que dois alunos brigaram em sala de aula, por que a mãe veio reclamar que o celular do filho foi roubado na escola, e várias outras situações, que ocorrem em sala de aula, que fogem ao controle do professor, por que os alunos chegam as escolas cada vez mais sem a educação básica esperada de casa.
            Dificilmente os alunos, professores e direção, dentro de uma escola conseguem conciliar o tempo.  Os alunos não têm tempo para brincar e criar, o lúdico fica muito prejudicado pois os professores estão tolhidos pelos currículos. As direções se esforçam, mas estão sempre usando o seu tempo para conseguir verbas, resolver problemas e lidar com processos burocráticos infinitos. As rotinas nas escolas, não podemos negar, são necessárias, rotinas alicerçadas pelo tempo, mas, também muito frustrantes e cansativas.
 A humanidade é movida pelo tempo, e nele deposita suas esperanças.
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. (Cortar o tempo – DRUMMOND)      



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Rubens Alves

Ao ler o texto de Rubens Alves "Gaiolas ou Asas", nos deparamos, como o próprio autor diz: um aforismo sobre como dar ao aluno a possibilidade de aprender através do próprio esforço e interesse. Quando o autor escreve: "Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso  elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."(Rubens Alves). Nos deparamos com a mediocridade em que se encontra a educação, com currículos pré estabelecidos, conteúdos repetitivos, pouquíssimas pesquisas e projetos, onde o aluno aprenderia por interesse. Nos esbarramos ainda com a desmotivação dos professores que são obrigados a dar aulas para atingir ao final do ano a porcentagem de conteúdos mínima para aprovação do aluno.  O aluno trás dentro de si uma curiosidade nata, pois vemos todos os dias que aprendem com rapidez, mas só aprendem o que lhes é prazeroso e instigante. O ensino na maioria das escolas do Brasil ainda se encontra em uma forma "quadrada", exata, sem condições de dar ao aluno o prazer de investigar, duvidar, realizar pesquisas, promover seu próprio jeito de adquirir conhecimento. Os passos para mudar este quadro estão sendo dados, de forma lenta, mas com certeza, ainda veremos muitas transformações na educação

 Referência:
ALVES, Rubem . Gaiolas ou asas?
In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p.29- 32.

sábado, 1 de outubro de 2016

Mal estar docente.



DENISE EGÍDIO DOS SANTOS GHIORZI
ROSANGELA LA REGINA LIESENFELD

SEMINÁRIO INTEGRADO IV


 MAL ESTAR DOCENTE 


 MAL-ESTAR
substantivo masculino
1.    1.
sensação desagradável de perturbação do organismo; indisposição que não chega a configurar doença; incômodo, indisposição.
2.    2.
estado de inquietação, de aflição mal definida; ansiedade, insatisfação.
"m. social"



            É com consternação que escrevemos este texto. Antes de analisarmos o MAL ESTAR DOCENTE, pesquisamos o que seria  “mal estar” (vide acima). Nós fazemos parte do grupo que se encaixa em 2.2 onde diz: estado de inquietação, de aflição mal definida; ansiedade, insatisfação”. Estamos nos sentindo inseguras da escolha de sermos docentes, realmente incomodadas com a atual situação do professor, das escolas, dos alunos e o descaso do governo.
            Nos defrontamos diariamente com o desestímulo, muitas vezes deixando de lado nossos projetos e ambições, sejam elas da promoção da educação ou promoção profissional. Mas por que isso está ocorrendo? São respostas complexas, e que não podem ser respondidas facilmente.
A escola está agonizando e junto com ela o professor está entrando em sofrimento.  Em uma breve relação de fatos podemos começar com a falta de limite dos alunos, que provêm de meios diversos, onde este meio em que vivem influenciam com muito impacto em nossos alunos. Crianças que chegam as escolas sem limites, violentos, abusados, drogados, com problemas cognitivos e de desenvolvimento, sem estrutura ou apoio familiar. Sendo muitas vezes o alvo real o descaso familiar com a criança os geradores e reforçadores tais comportamentos.
Muitos educadores têm sentido “na pele” o que é a violência dentro das escolas, muitos são agredidos verbal e fisicamente. É grande a porcentagem de professores que está fora de sala de aula por causa deste tipo de trauma. Está designado ao mestre, neste século, não somente ser mediador e ensinar, mas, também, educar. E quando falamos em educar é no sentido literal da incumbência que seria da família, tal como dar os limites já mencionados, ensinar a criança a respeitar para ser respeitado, lidar com frustrações e toda uma gama da educação que cabe a família.
Todos estes fatos são muito impactantes, pois o professor lida com isto diariamente. E isso é preocupante ao extremo, pois estes confrontos entre o querer fazer e o não poder estão nos desencorajando.

“É minha hipótese que o sofrimento dos professores, as suas queixas frequentes quanto ao insuportável trabalho docente e, no limite, o seu adoecimento expressam, sintomaticamente, a situação de abandono em que se encontra a escola; sugerem uma certa desistência da educação enquanto projeto de preparação de crianças e jovens para que encontrem o seu lugar no mundo adulto. Desistindo da realização do projeto educativo, os professores, na verdade, estariam se demitindo de sua posição de educador e, em decorrência, renunciando ao ato educativo.  Cláudia Murta,  2002. s/p.

            O trabalho docente se torna cansativo e obrigatório, também por causa do descaso das autoridades, dos governos dos estados, que não dão o justo valor ao serviço do professor. Não é pago um salário justo e digno, e na atual conjuntura do nosso estado, nem mesmo os salários em dia. A sobrecarga de serviço é enorme, e a compensação é quase nula. É dito que o professor tem regalias e ganha até mesmo para trabalhar em casa. Sabemos que esta compensação financeira está aquém das necessidades destes indivíduos. Os salários não estão compensando o alto desgaste físico, emocional que o professor vem enfrentando.
            As escolas estão sucateadas, sem apoio financeiro dos órgãos públicos, a verba da merenda é medíocre e nos perguntamos como podem crianças carentes aprenderem com fome. É nosso testemunho fiel que muitos alunos recebem, na merenda, três ou quatro bolachas no turno.
            Os professores tentam exaustivamente colocar seus projetos em andamento, mas sem apoio, nem sempre podem comprar com sua verba material para dar aos alunos. Por mais criativos que sejam, em algum momento são necessários alguns itens que a escola não possui. Vivemos a realidade onde as escolas não têm verba para a merenda e muito menos para lápis de escrever e folhas de ofício. Material básico em qualquer escola.
            A cada dia, o professor enfrenta trabalhos Herculanos, insiste, prossegue, mas a que custo? Emocional!  Financeiro! Profissional! Vai aos poucos abandonando suas convicções. Vai desassistindo seus alunos, tenta ser resiliente, mas as dificuldades custam a ser superadas e vamos pouco a pouco vendo colegas desistirem de educar. Não podemos censurá-los, pois quantas vezes já não pensamos em desistir e fazer algo diferente.





Referências bibliograficas:
 Murta, Cláudia -  intitulado Magistério e sofrimento psíquico: contribuição para uma leitura psicanalítica da escola. Publicado nos Anais do 3º. Colóquio do LEPSI/FE-USP, São Paulo em 2002. s/p.




quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Escrita e autoria.

    Esta semana em Seminário IV foi nos apresentado um power point sobre Escrita e Autoria. Refletindo, escrevo, agora ,neste momento autora, sobre  o Curso PEAD, que é uma experiência totalmente nova desde o ingresso no mesmo. As primeiras publicações, considero  autorias modestas. No decorrer desta jornada, me analisei e "descobri" que escreve com simplicidade,  sem convicção ou argumentação aquele sujeito que pouco lê. Confesso que sou, ou era, uma destas pessoas. Nunca tinha tempo para ler,  estava sempre cansada, pois " a desculpa do cego é a bengala", e hoje, na obrigação de me superar, de tirar boas notas no curso, de aprender, deixo o cansaço de lado e me ponho a ler tudo que posso. Claro que ainda tenho meus limites, mas acho, em minha humilde percepção que estou mehorando e no caminho certo. Outrora não teria coragem de escrever, hoje já o faço com pouco  mais de entendimento e confiança, pois não me nego em dizer o Curso PEAD é um divisor de águas em minha vida. Minha mente está mais aberta e meu senso crítico mais apurado. Confesso minhas dificuldades em caracterizar um texto como dissertativo, narrativo ou argumentativo, mas é algo de extrema importância, pois faz parte de que escolhi em minha profissão e me sinto na obrigação de evoluir.

domingo, 25 de setembro de 2016

Ensino da Geografia no espaço escolar

      E na Educação infantil e anos iniciais que a Geografia começa a dar seus primeiros passos, onde se começa a centralizar os alunos e a explorar as regiões a sua volta bem como a sua lateralidade. Para ensinar Geografia o professor necessita saber um pouco sobre a cartografia, para poder passar para seus alunos, pois é uma ciência que instrumentaliza os sujeitos a lerem o mundo de forma mais significativa, pois a cartografia é feita de símbolos a serem aprendidos para facilitar a compreensão da organização dos espaços geográficos.  A Geografia auxilia os alunos a fazerem uma leitura (letramento) do mundo, começando pelo local onde residem e estudam. Para que estes alunos possams desenvolver sua consciências espaciais é necessário que façam as ligações e reflexões existentes entre seu meio e os elementos (sujeitos) da comunidade. Em todo este contexto, também deve ser trabalhado a memória, tanto do aluno, como da comunidade da cidade/estado/país em que vivem, reconhecendo as referências que delas fazem parte.

A História no espaço escolar.

     A autora Elza Nadai mostra em seu artigo o longo percurso na atividade escolar do ensinar  a História e da hostilização que a disciplina sofre ao longo dos tempos devido as evidência do esgotamento do modelo educativo adotado. A disciplina de História começa a veicular em universidades e escolas no intuito de tornar os países laicos. Onde, os pensadores e mestres, tentavam sair da opressão da Igreja. Mas a educação e os fatos eram todos modelos europeus gigantescamente valorizados pela mesma cultura, a europeia, ficando a História das Américas,regiões nativas , a escravidão, em um segundo plano bem medíocre.
      No Brasil a História nos é contada, também por um modelo europeu e na Ditadura em uma versão nada popular e sim muito censurada, onde nesta época, muitas escolas foram fechadas,  professores, alunos, artistas de várias áreas foram perseguidos, torturados, exilados e mortos por suas convicções. Heróis foram criados nesta época, conforme a Ditadura exigia, e hoje, graças a modificação na visão histórica vemos a justiça tentando ser feita através de indenizações e ruas e avenidas mudarem de nome. O texto me passa a ideia de que a História tem que ser valorizada desde o princípio da escolarização, tendo como referências primordiais as histórias e o meio em que os alunos estão inseridos, valorizando suas experiências e os espaços aos quais frequentam.

Narrativa ver e olhar.



Narrativa Ver e olhar

      Ao abrirmos os olhos, pela manhã, nossos olhos veem tudo a nossa volta, nos enxergamos no espelho, escolhemos nossas roupas e as cores que usaremos naquele dia. Tudo automaticamente. Mas em qual momento, deste dia atribulado começamos realmente a olhar o que realmente necessita de atenção?
         Nossa profissão, professor, exige que além de ver tudo e todos, que tenhamos um olhar sensível, observador e até mesmo crítico. Que através da observação possamos resolver questões ligadas ao nosso aluno e ao modo que o mesmo assimila e aprende. O professor necessita deste olhar sensível sobre o sujeito para tentar compreendê-lo. Faz parte do nosso trabalho: enxergar o que as vezes não consegue ser visto, o que está na subjetividade, nas camadas mais densas do ser humano.
        Querendo ou não, vamos aos poucos nos envolvendo com nossos alunos, entendendo suas necessidades e nos afeiçoando. Estar aberto e sensível a todas as questões e dificuldades que envolvem a alfabetização e do dia a dia dos nossos alunos, fazem parte da nossa convicção.
      Minha narrativa trata de um aluno que recebi a pouco, neste segundo semestre, vou chama-lo de (W). (W) está com 7 anos, frequentou creche e pré-escola. Não escreve nem reconhece o próprio nome. Não sabe vogais, o alfabeto ou os números. Achei muito estranho por se tratar de uma criança de 7 anos com histórico de frequência em sala de aula. (W) tem mania de apontar seu lápis a toda hora, e mexer no lixo A princípio não dei importância, era só um aluno procurando o apontador no lixo. Após duas semanas vendo isto, decidi parar de ver e cena e realmente olhar o que estava acontecendo naquele ritual de vasculhar o lixo atrás do apontador. (W) procurava na realidade restos dos lanches dos colegas, comia migalhas escondido. A partir daquele momento passei a deixar em meu armário um pacote de bolacha, pois as vezes a escola não fornece o lanche.  Comecei a olhar meu aluno de forma diferente. Como pode aprender se está com fome? Seus modos em sala de aula, inquietos e agitados, também me chamaram atenção. Pedi para falar com a mãe e percebi que o meio ao qual (W) pertence, também tem influência em seu comportamento, pois a mãe não tem estudo, nem padrões de higiene adequados, e nem sabe lidar com os filhos, pois entre eles há um clima de violência e também negligência. A mãe alega que (W) ter transtorno de aprendizagem e hiperatividade, mas alega, também, que (W) não faz nenhum tipo de tratamento ou frequenta alguma sala de recursos. A partir de todos os fatos observados, parei de ver meu aluno como indisciplinado e agitado e passei a olhá-lo como alguém que precisa de ajuda, de ser acolhido na escola e em sala de aula.



Marcas da Vida - Estudos Sociais

Na primeira semana de Estudos Sociais fomos apresentados a poesia "Marcas da Vida" de Kashuhiko Hokukai.

Marcas da vida
Desde a idade dos seis anos
eu tinha a mania de desenhar objetos.
Por volta dos 50  anos havia publicado
uma infinidade de desenhos
Aos 70 compreendi mais ou menos
a verdadeira natureza:
as plantas, as árvores, os pássaros,
os peixes, os insetos.
Em consequência, aos 80 terei feito
ainda mais progresso.
Aos 90 anos terei penetrado no
mistério das coisas;
Aos 100 anos decididamente chegarei
ao grau de maravilhamento e...
Quando eu tiver 110 anos, para mim,
seja um ponto ou linha, tudo será vivo
Katshuhiko  Hokukai
Séc. XVIII

Ao ler a poesia pecebo que o tempo é  muito significativo, que passado, presente e futuro andam juntos. E que o tempo é primordial em nossas vidas, e aqui para esta disciplina, na escola, pois, envolve tudo e a todos, começando pelas rotinas, no brincar, no referencial a épocas anteriores, pois a mudança é acelerada e palpável, onde uma criança se apega a uma chupeta ou "cheirinho" e agora se apega a um celular. Que antes eramos doutrinados a decorar e hoje construímos conhecimento. Voltando a poesia, posso afirmar, também  que o autor é transcendente. Que sua obra é imortal, escrita no passado, lida no presente e ainda relida e apreciada no futuro.

Estudos Sociais EDUA073

Nesta semana tivemos nossa primeira aula de Estudos Socias. A professora tentou  nos localizar na disciplina. Confesso que foi um pouco confuso e me senti muito perdida. A professora tentava explicar sua matéria e a cada frase sua  eu ficava mais perdida. O tema principal da aula foi o tempo, e quando falamos do tempo as coisas realmente se confundem , pois sempre questionamos qual a época do tempo vivido ou que estamos vivendo ou que viveremos que é a mais importante. A professora, também nos mostrou a importância de se estudar o passado, para que no presente ou futuro possamos aprender com ele. Confesso que foi uma aula, para mim, muito difícil. Sai da aula preocupada com a que há de vir futuramente nesta disciplina.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Por que as crianças trabalham quando deveriam brincar? Projetos de aprendizagem.

Por que as crianças trabalham quando deveriam brincar?
                A criança em sua inocência cria a sua volta um mundo de ilusões. Estas ilusões as ajudam a passar os dias, e quando a criança tem uma vida sofrida, difícil é quando as fantasias se tornam mais importantes.  A criança brinca, mesmo sem poder brincar, mesmo sem ter tempo, lugar adequado ou brinquedos. Semestre passado vimos um vídeo onde crianças que “catavam” papelão achavam tempo para brincar, era um tempo dividido entre o trabalho e as fantasias. Outro vídeo mostrado foi o de crianças que criavam seus brinquedos com paus e folhas, tudo mundo original e criativo. O trabalho infantil, a pobreza, os maus tratos, ...  não impedem as crianças de brincarem, pois suas almas saem dos corpos nestes instantes e se transportam para mundos mágicos. Essa magia, tão singela, que perdemos com o passar dos anos, torna a criança mais forte, capaz até de superar alguns dos traumas vividos em suas rotinas. O trabalho infantil é um destes traumas, pois é uma agressão a criança e aos seus direitos.

A brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo-da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo... A criança que brinca sempre, com determinação auto-ativa, perseverança, esquecendo sua fadiga física, pode certamente torna-se um homem determinado, capaz de autosacrifício para a promoção do seu bem e de outros... Como sempre indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação (Froebel, 1912c, p.55).

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Síntese reflexiva e sua escrita.

     A síntese reflexiva de um semestre é a explanação de todo o conhecimento adquirido ao longo deste tempo, onde tentamos expor de forma objetiva, simples e clara todos os conceitos estudados, e  mostrarmos  algo sobre as nossas práticas em sala de aula. Através deste processo aprendemos não somente a escrever gramaticalmente melhor, mas nos conscientizamos, nesse momento da nossa evolução, das conquistas feitas no semestre.
     A apresentação da síntese nos ajuda a lidarmos com as avaliações, pois somos testados e qualificados, nesse momento, por nossos professores, tutores e por nossos pares. Outro fator importante que nos envolve e toma várias horas, mas faz parte do nosso processo de crescimento é o trabalho escrito, que tem suas normas e exigências, tais como relatar esse processo de ensino em no mínimo cinco folhas. Isso as vezes nos parece demasiado, e encontramos pelo caminho desta escrita dificuldades de fazer uma reflexão crítica e de organizar ideias e pontos de vista.

     A síntese reflexiva e sua escrita fazem parte de todos os segmentos que envolvem o curso PEAD, sendo parte integrante e essencial do mesmo. 

sábado, 3 de setembro de 2016

Portfólio

     Na primeira aula, do segundo semestre do PEAD, tivemos que responder algumas questões sobre o portfólio. As respostas foram respondidas em grupo. A primeira pergunta foi sobre o significado atual do portfólio e se  houve alguma mudança na sua forma de entendê-lo e nas nossas postagens?
O portfólio é um espaço de reflexão e registro das aprendizagens relevantes do semestre. As postagens permitem um aprofundamento teórico com foco também em nossa prática profissional.
Sim, partindo das orientações do Seminário III e da proposta de trabalho no semestre, passamos a promover uma reflexão mais aprofundada, aprimorando a qualidade das postagens.

O que se aprende nessa escrita?
Desenvolve a capacidade de reflexão e do exercício da escrita. Aprendemos a dar sentido as nossas ideias partindo de conceitos estudados e de referenciais teóricos que estamos assimilando em nossa formação no PEAD.
Permite dar clareza aos nossos registros, dando destaque ao que foi significativo em nossa aprendizagem. 

Que dificuldades  envolvem essa escrita?
A maior dificuldade se resume na reflexão crítica, ao exercício de escrever e organizar nosso pensamento.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Avaliações.
          Como avaliar um ser humano? Como qualificar seu desempenho? Qual a melhor forma de fazê-lo sem ser injusto, omisso, preconceituoso ou intransigente? Passamos , ao longo de nossas vidas, por avaliações constantes e avaliamos outros também! Na jornada do PEAD estamos aprendendo dia a dia como chegar a estas conclusões.
          Na primeira aula  presencial deste semestre (2016/2), analisamos nossas avaliações do semestre passado. Muitos números e várias informações a serem comentadas. Passamos alguns minutos discutindo o assunto. Surgiram inúmeras opiniões coerentes sobre o tema, mas houve uma posição a qual tive que discordar. Uma colega ao fazer sua análise sobre os pareceres recebidos pelos alunos, sugeriu que as pontuações estariam baseadas em compacecimento. Citou que talvez ao analisar o Whorkshop dos colegas alguns teriam tido dó do colega e atribuido notas melhores do que realmente deveriam receber. 
          Totalmente contrária a esta posição , quero opinar sobre o acontecido, já que em aula não foi possível fazê-lo, por falta de tempo. Quero registrar meu ponto de vista dizendo que: as notas recebidas pela grande maioria do grupo foram justas, pois ao meu ver o grupo está em constante evolução. Os pareceres foram favoráveis por merecimento e não por dó.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Projetos de Aprendizagem

Frequentei a escola em plena ditadura. E o que a Ditadura tem a ver com Projetos de Aprendizagem? Explico: a meu ver, nesta época os conteúdos currículares eram simplesmente" despejados" ao longo do ano letivo. A aprendizagem era feita através da memorização onde decoravamos até a localização das estrelas no mapa do Brasil. E antes da Ditadura também era  da mesma forma. O saber era concentrado na figura do mestre, só ele detinha o conhecimento, e dificilmente aceitava ser confrontado.  Ao longo dos anos , aos quais não tive acesso a nada  referente a educação, não me dei conta que este tipo de ensino ficou ultrapassado. Tive um choque de realidade ao ingressar no curso do Magistério e ser apresentada aos projetos de aprendizagem. Não queria fazer projetos! Queria tudo como era antigamente: a matéria "mastigada", onde meu único trabalho seria copiar do quadro  e estudar em casa. Foi, também, uma surpresa saber que não era a unica na sala que queria a mesma coisa. A  maioria das alunas, entre 30 e 40 anos, também não aceitava o método dos projetos. Não nos era comum aquele tipo de trabalho, éramos  "cria" da educação ditatorial. Nos reunimos e decidimos para o nosso próprio bem absorver este novo método de aprendizagem que nos era apresentado, pois fomos informadas pelos professores que os Projetos eram a forma atual de aprendizado, onde o aluno tem que pesquisar para aprender. Foi difícil no começo, mas fomos aos poucos no adaptando ao que para muitos alunos hoje é normal. Ao longo do curso foram desenvolvidos vários projetos e aos final de cada semestre os projetos deveriam abordar todas as disciplinas. 
Ao meu ver o texto fala deste tipo de experiência a qual tive. Onde as respostas não estão prontas, onde é necessário fazer questionamentos,  desacomodar, tirar o aluno da  zona de conforto. Faze-lo questionar, pensar, buscar respostas, averiguar o que até então é dado como certeza para realmente saber se é certo ou não. Os projetos começam de simples perguntas, e podem ser aplicados desde muitos cedo, desde que  haja interesse. Ouvir os questionamentos dos alunos é parte importantíssima nos projetos, pois é através das perguntas que fazem que o projeto vai  tomando forma. A mediação do professor se torna necessária  para orientar e direcionar o projeto.