Livros infantis e a questão étnico-racial.
Baseado no texto, os primeiros são livros de questões raciais, mas com propostas de resoluções, que se dão através do conhecimento científico e de informações lógicas, que a sociedade aceite e que , também, o negro se aceite como tal, sendo referencia o orgulho de pertencer ao povo africano.
O segundo tipo refere-se a livros que trata a negritude como coadjuvante, onde a cor e o preconceito não são questões de conflito.
O terceiro tipo de livros tratam da diversidade e diferenças, das atitudes corretas e desejáveis que deve se esperar da sociedade. Te como tópico, também a autoajuda.
O preconceito existe e é palpável. Todos somos preconceituosos em algum momento de nossas vidas, com mulheres , negros, deficientes, pobres, gordos, enfim uma gama de possíveis rotuláveis. Quando dizemos "brincando": só podia ser mulher no volante, para um negro "dê dinheiro mas não dê poder", falamos que " negão" não precisa protetor solar ou seu esparadrapo é fita isolante, estamos sendo preconceituosos. Trabalhei no CENSO 2010, e muitos negros não se consideram negros, e sim pardos. Pais negros definem os filhos como pardos, talvez já receando o preconceito, ou como se fosse desmérito ser negro. Quando se definem negros, só falta bater com a mão no peito dizer que seus descendentes são africanos!
E a criança? A criança não nasce com nenhum preconceito e acaba repetindo o que é falado, e por mais que uma parte da sociedade esteja empenhada em acabar com preconceito ele está enraizado na mesma sociedade, e em todas as etnias.
A literatura nos mostra mudanças,com lançamento de vários livros que falam das etnias, para conscientizar os leitores da importância ao não preconceito, onde alguns livros já possuem protagonistas negros. Mas não adianta, nós professores, termos 3 ou 4 livros étnicos no armário reservados para o mês e o dia (20/11) da consciência Negra e falarmos em aula dos negros só por que está no currículo. Esse é um ponto a ser discutido.
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