(R) é autista,
tem doze anos e cursa o segundo ano. Está alfabetizado, mas como é aluno novo
este ano, supomos que grande parte deste feito é mérito da mãe, pois (R) tem
crises de agressividade, é agitado, não aceita contato físico, ficando muitos
dias sem poder vir a aula. Quando comparece a aula seu horário é diferenciado,
sendo das quinze horas as dezessete horas. Apenas duas horas por dia. Neste período, que o aluno está na eccola, a professora não consegue dar
atenção para o resto da turma, pois (R) exige muito da mesma. É uma tensão
constante dentro da sala de aula, pois além de (R) ser autista há outros dois
alunos na sala com hiperatividade e outros dois, um pouco mais violentos,
oriundos de casas de passagens/abrigos.
Mesmo a sala tendo vinte e cinco alunos,
(R) com laudo, a professora não tem uma monitora junto. Trabalha sozinha. A professora não tem nenhum curso especial para lidar com o aluno
deficiente. Vai fazendo o melhor que pode.
(R) está
incluso na escola, como determina a lei, mas não está integrado a mesma, pois
faltam estruturas humanas e logísticas para receber este aluno. Seriam necessárias várias coisas para integrar este aluno, mas a escola esbarra sempre na burocracia e na falta de verbas para atender alunos com necessidade especiais.
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