domingo, 20 de maio de 2018

Resenha Alfabetização de Adultos. Texto Regina Hara.


Alfabetização de Adultos. (Regina Hara)
Denise Egídio dos Santos Ghiorzi – turma E
A autora inicia sua escrita explicando  o propósito do CEDI, que através Programa de Educação e Escolarização Popular,  procura acompanhar  e apoiar instituições, grupos ou pessoas que se dedicam ao trabalho de alfabetização de adultos. Das dificuldades enfrentadas para alfabetizar e das dificuldades que os alunos adultos, também, possuem para se alfabetizar. Excluídos e marginalizados pela sociedade enfrentam dia a dia dificuldades enormes, como por exemplo locomoção. Relata o trabalho dos professores engajados em alfabetizar os adultos e na frustração  os mesmos sofrem por não conseguirem alfabetizar. O professor da EJA deve embasar suas práticas em posturas teóricas, sendo necessário para este profissional rever sempre suas práticas e recomeçar.
Cita Paulo Freire e suas técnicas de alfabetização, onde o sujeito deve ser dinâmico, ativo e reflexivo, e a alfabetização é embasada na realidade do sujeito. Entram no contexto, também, Ferrero e Teberosky, que ao realizarem estudos sobre alfabetização das crianças lançam suas preocupações na alfabetização dos adultos chegando a conclusão de que: “ aquisição da escrita é uma aquisição conceitual para crianças e adultos, construída pelo sujeito nas relações com o meio, do mesmo modo que se observa em outras áreas do conhecimento”.
As concepções dos adultos não-escolarizados com respeito à escrita.
As concepções dos adultos não-escolarizados passam pelos mesmos estágios da concepção da escrita que foram identificados na alfabetização das crianças: escrita pré-silábica, escrita silábica, silábico-alfabética, alfabética. Enfatizado o princípio de que quando “os alunos  não se alfabetizam podem estar sendo submetidos a um processo inadequado, que conflitua com seu próprio modo de perceber a escrita”.
Como concebemos o processo de alfabetização.
“A alfabetização é um processo que leva ao domínio do código escrito; ...”, mas tendo em vista uma função social, onde o ser humano entenda e consiga interpretar o que está lendo. A leitura deve ser diversificada, e a escrita deve ter significado para o autor.
A socialização das estratégias de leitura.
Várias estratégias devem ser usadas para construir conhecimento, pois cada sujeito se organiza e opera cognitivamente as informações de formas diferentes. A uma variedade de informações coletadas ao longo da vida e cada indivíduo as assimila de uma forma.
Experiência com classe de adultos
O registro de Hara ainda relata a Caracterização da Classe, onde ocorreu uma experiência em um citado colégio com a intenção de ligar o embasamento teórico que foram construídos com a realidade da sala de aula. Tal experiência identificou os participantes de uma sala de aula com 29 alunos, na sua maioria mulheres e entre 15 a 51 anos, que relataram o porquê da necessidade de voltarem a estudar. Suas motivações e suas dificuldades, além do preconceito sofrido. Tal pesquisa serviu, inicialmente, para fazer diagnósticos de como a classe lia e escrevia. Observaram que o grupo era muito heterogêneo que iam desde aqueles que conheciam apenas algumas letras, sem conseguirem produzir textos significativos até os que escreviam com pouca prática do ponto de vista ortográfico e sintático.  O texto vai relatando outras fases da experiência como: as condutas de sala de aula, onde se presume que o aluno tendo algum tipo de conhecimento possa chegar a com as aulas há  reflexões  que apareceram em seus textos; a leitura, dando ênfase há diversificados tipos de materias onde haja algo que possa ser lido até textos como notícias de jornais, poemas, ... São contemplados , também, as atividades voltadas a leitura e a escrita, onde é colocado em evidência o que pode se escrever a partir do que os alunos já sabiam, dando ênfase ao que o aluno gosta de escrever. A construção da autonomia que incentivem suas coordenações motoras e instrumental escolae bem como suas aplicações para  o ato estudar. No  tangente ao conteúdo já estava predeterminado. Os alunos deveriam saber alguns  fundamentos básicos da Língua Portuguesa. No item de avaliação foi determinado que os alunos se auto avaliariam, constatando seus progressos.
O resultado da experiência foi o de que os alunos não se transformaram em exímios leitores, mas têm condições para tal. Iniciaram uma autonomia na busca dos conhecimentos. Todos os alunos evoluíram no processo de leitura, avançando os estágios iniciais que apresentavam no início da experiência.
As conclusões finais foram as de que: deve-se dar valor ao conhecimento prévio dos alunos. Os alunos analfabetos passam por etapas de desenvolvimento como as crianças. Operam cognitivamente e são estimulada pelo meios sociais, desafios e informações. Quando percebem se apropriam  da construção da escrita  código conseguem a perceber as relações no mundo.

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