Alfabetização de
Adultos. (Regina Hara)
Denise Egídio dos
Santos Ghiorzi – turma E
A autora inicia
sua escrita explicando o propósito do
CEDI, que através Programa de Educação e Escolarização Popular, procura acompanhar e apoiar instituições, grupos ou pessoas que
se dedicam ao trabalho de alfabetização de adultos. Das dificuldades
enfrentadas para alfabetizar e das dificuldades que os alunos adultos, também,
possuem para se alfabetizar. Excluídos e marginalizados pela sociedade
enfrentam dia a dia dificuldades enormes, como por exemplo locomoção. Relata o
trabalho dos professores engajados em alfabetizar os adultos e na frustração os mesmos sofrem por não conseguirem
alfabetizar. O professor da EJA deve embasar suas práticas em posturas
teóricas, sendo necessário para este profissional rever sempre suas práticas e
recomeçar.
Cita Paulo
Freire e suas técnicas de alfabetização, onde o sujeito deve ser dinâmico, ativo
e reflexivo, e a alfabetização é embasada na realidade do sujeito. Entram no
contexto, também, Ferrero e Teberosky, que ao realizarem estudos sobre
alfabetização das crianças lançam suas preocupações na alfabetização dos
adultos chegando a conclusão de que: “ aquisição da escrita é uma aquisição
conceitual para crianças e adultos, construída pelo sujeito nas relações com o
meio, do mesmo modo que se observa em outras áreas do conhecimento”.
As
concepções dos adultos não-escolarizados com respeito à escrita.
As concepções
dos adultos não-escolarizados passam pelos mesmos estágios da concepção da
escrita que foram identificados na alfabetização das crianças: escrita
pré-silábica, escrita silábica, silábico-alfabética, alfabética. Enfatizado o
princípio de que quando “os alunos não
se alfabetizam podem estar sendo submetidos a um processo inadequado, que
conflitua com seu próprio modo de perceber a escrita”.
Como concebemos o
processo de alfabetização.
“A alfabetização é um processo
que leva ao domínio do código escrito; ...”, mas tendo em vista uma função
social, onde o ser humano entenda e consiga interpretar o que está lendo. A
leitura deve ser diversificada, e a escrita deve ter significado para o autor.
A socialização das
estratégias de leitura.
Várias estratégias devem ser
usadas para construir conhecimento, pois cada sujeito se organiza e opera
cognitivamente as informações de formas diferentes. A uma variedade de
informações coletadas ao longo da vida e cada indivíduo as assimila de uma
forma.
Experiência com
classe de adultos
O registro de
Hara ainda relata a Caracterização da Classe, onde ocorreu uma experiência em
um citado colégio com a intenção de ligar o embasamento teórico que foram
construídos com a realidade da sala de aula. Tal experiência identificou os
participantes de uma sala de aula com 29 alunos, na sua maioria mulheres e
entre 15 a 51 anos, que relataram o porquê da necessidade de voltarem a
estudar. Suas motivações e suas dificuldades, além do preconceito sofrido. Tal
pesquisa serviu, inicialmente, para fazer diagnósticos de como a classe lia e
escrevia. Observaram que o grupo era muito heterogêneo que iam desde aqueles
que conheciam apenas algumas letras, sem conseguirem produzir textos significativos
até os que escreviam com pouca prática do ponto de vista ortográfico e
sintático. O texto vai relatando outras
fases da experiência como: as condutas de sala de aula, onde se presume que o
aluno tendo algum tipo de conhecimento possa chegar a com as aulas há reflexões
que apareceram em seus textos; a leitura, dando ênfase há diversificados
tipos de materias onde haja algo que possa ser lido até textos como notícias de
jornais, poemas, ... São contemplados , também, as atividades voltadas a
leitura e a escrita, onde é colocado em evidência o que pode se escrever a
partir do que os alunos já sabiam, dando ênfase ao que o aluno gosta de
escrever. A construção da autonomia que incentivem suas coordenações motoras e
instrumental escolae bem como suas aplicações para o ato estudar. No tangente ao conteúdo já estava
predeterminado. Os alunos deveriam saber alguns
fundamentos básicos da Língua Portuguesa. No item de avaliação foi
determinado que os alunos se auto avaliariam, constatando seus progressos.
O resultado da
experiência foi o de que os alunos não se transformaram em exímios leitores,
mas têm condições para tal. Iniciaram uma autonomia na busca dos conhecimentos.
Todos os alunos evoluíram no processo de leitura, avançando os estágios
iniciais que apresentavam no início da experiência.
As conclusões
finais foram as de que: deve-se dar valor ao conhecimento prévio dos alunos. Os
alunos analfabetos passam por etapas de desenvolvimento como as crianças.
Operam cognitivamente e são estimulada pelo meios sociais, desafios e
informações. Quando percebem se apropriam
da construção da escrita código
conseguem a perceber as relações no mundo.
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