terça-feira, 21 de novembro de 2017

Preconceito

Preconceito
              Estamos presenciando uma era onde o preconceito é cada vez mais velado e discreto.  É um fenômeno social forte, que mesmo muito combatido nas escolas, na mídia, nas redes sociais, ...,  tem o poder de se revelar em pequenas frases ou gestos. Presenciamos isto todo dia  e a toda hora, ouvindo barbaridades.  Frases e pensamentos  que se propagam sem escrúpulos. É comum  e contínuo.  Mesmo se esforçando muito, para não fazer, o ser humano acaba  por ter preconceito.  Alguns não verbalizam, mas pensam. E quando falam, “sem maldade”, se expressam da seguinte forma: “ Tinha que ser negro!  Dá dinheiro, mas não dá poder”, “Tinha que ser mulher, meia roda!”, “  É frutinha!”,  “Além de negra é fedorenta!”, “É vagabundo!”, “Se fosse lá em casa ajeitava ele em dois tempos!”, “Também, é assim porque mora na vila!”, “É nerd!”, “Usa cada roupa estranha!”, “Não pode prestar mesmo é batuqueiro!”, ... Poderíamos encher uma página com frases intolerantes e de mau gosto.
              No relato feito , na página da atividade do Seminário VI,   foi narrado a  história da aluna (SR), que sofre preconceito dos colegas por ser negra e pobre. E nos perguntamos: como as crianças podem ser preconceituosas?De onde vem o prejulgamento que fazem da colega, pois, também, na sua maioria são pobres. Mas (SR) é mais pobre ainda, então se torna  vítima da intolerância. Quando os colegas dizem pra (SR) que: “ Você não é nossa amiga, não pode brincar conosco!”, o preconceito está ali, camuflado e   latente nas palavras de repulsa.
              Com certeza a maioria dos  colegas de (SR) não foram  influenciados diretamente pelos pais a serem preconceituosos, mas sim pelo meio social a que pertencem. Fica destacado na pesquisa feita que o preconceito atinge várias   pessoas consideradas diferentes do grupo, e  as mulheres negras sofrem esse preconceito de forma mais evidenciada, pois depois dos homossexuais são elas que estão na base da pirâmide da discriminação. Explico: Um homem branco seria considerado melhor que um homem negro, um homem negro seria melhor que uma mulher negra e a mulher negra seria um pouquinho melhor que um homossexual.  Absurdos, mas este pensamento prevalece, pois o preconceito advém da dominação das minorias.
              O índice de pessoas preconceituosas é grande, até mesmo aqueles que se dizem não preconceituosos às vezes pecam, está na essência humana ser influenciado pelo social. Mesmo que muito pequeno o sentimento de superioridade ocasionalmente aparece. Este sentimento de superioridade, de ser melhor está presente em praticamente todos os ambientes que frequentamos e a escola é um deles. Da comunidade escolar  faz parte , grupo diverso de pessoas, entre professores, funcionários, alunos pais/responsáveis e colaboradores e é inevitável, mesmo sendo combatido ferozmente, que o preconceito apareça. Cabe a nós professores e a escola como instituição que agrega esta diversidade elucidar os membros desta comunidade para tentar findar com situações preconceituosas e de desvalorização do ser humano. 

domingo, 12 de novembro de 2017

Piaget - Epistemologia Genética

A respeito do vídeo confesso que a Epistemologia Genética ficou mais fácil de se compreender, pois La Taille explica os termos usados por Piaget com um vocabulário mais simples, facilitando o entendimento  dando exemplos dos conceitos.
Assimilação : a interpretação do mundo, apropriar-se de alguns elementos do mesmo (conhecer o objeto).
Acomodação:  organização da inteligência que se modifica para dar conta das singularidades do objeto.
Equilibração: é decorrente do desequilíbrio, com o surgimento de novos objetos,  então  acomoda-se ao novo objeto para se equilibrar.
Abstração Empírica: absorção das informações que são retiradas do objeto do conhecimento.
Abstração reflexiva:É o pensar sobre a ação.Como o sujeito se relaciona com este objeto.
Para Piaget a inteligência começa a se desenvolver já ao nascer ,  não tem limites, transformando-se e evoluindo cada vez mais a cada nova experiência desencadeada pelo meio e pelas ações no objeto .  É  bem anterior a fala que é um divisor de águas fundamental para os estágios seguintes.  A inteligência não teria um desenvolvimento linear aonde à mesma vai acumulando as informações, mas sim dependente destes estágios, sendo os estágios progressivos  e sempre superados pelo estágio anterior. Cada estágio têm suas características próprias  e todos os indivíduos passam por eles.
Estágios: Motor 0 a 24 meses, Pré operatório 2 a 7anos, Operatório após os 7 anos (concreto 7 a 11 anos/ formal 12 anos em diante).
Baseados nas Teorias de Piaget, nós podemos compreender melhor a criança e suas ações. O porquê do seu Egocentrismo, da sua capacidade de ação, do momento ideal do aparecimento da linguagem, da moral, ... Como educador estar preparado para entender os conflitos e descobertas, ou seja na sua Equilibração,  proporcionando, também, experiências gratificantes e significativas para auxiliar no desenvolvimento da construção do conhecimento.
             


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Filosofia - Diversidade

É dever da escola (direção) proporcionar aos professores condições de trabalharem em sala de aula a Diversidade. Criar projetos que falem sobre diversidade, preconceito e aceitação. Faz parte da função do professor trabalhar a diversidade como um tema importantíssimo em sala de aula, trazendo conteúdos que norteiem o tema, embasamentos culturais, teóricos, como Bauman e outros,  que expliquem as transformações contemporâneas  e as que existiram ao longo da história. Proporcionar aos alunos projetos com pesquisas que trabalhem a diversidade de forma a implantar  a ideia nesses alunos e demais a pessoas que a diversidade existe e deve ser respeitada.

Filosofia - Ética Profissional - Antonio J. Severino.

O que é Ética? Sempre nos deparamos com esta pergunta e as vezes não encontramos a resposta adequada, mas para o autor a fundamentação da Ética está "na exigência de não ferir  a dignidade pessoal dos outros quando interpelados pela minha ação"(SEVERINO, pag. 130). Quando o profissional da Educação pensa e age desta maneira, com certeza será o profissional adequado para estar em contato com esta gama heterogênea de alunos que ingressam nas escolas todos os dias. Cada aluno traz consigo costumes e hábitos diferentes. Muitas vezes influenciados pelo meio não possuem atitudes que são consideradas atitudes éticas.  Como passam uma boa parte do dia dentro das escolas e seus amigos e conhecidos advém dos mesmos núcleo, escola ou comunidade, é dever do professor orientar, mostrar novos valores sobre atitudes tomadas em relação ao outro.  O professor, também serve como exemplo por suas atitudes, sua conduta sem repreensões. O aluno se espelha no educador, e um ambiente escolar com ordem e valores dão ao aluno limites necessários para a convivência social.

Filosofia - Edgar Morin

Sete Saberes Necessários a Educação do futuro – Edgar Morin.
O erro e as ilusões fazem parte da essência humana. Todos são sugestionados a acreditar nos modelos/paradigmas estabelecidos culturalmente. Morin contesta este modelo, falando o porquê do aparecimento do erro e como através da racionalidade diminuir ou extinguir conceitos preestabelecidos.
No texto o  descreve  os porquês da existência dos Erros e as Ilusões. Descreve que o conhecimento parte das percepções e traduções de cada indivíduo e não somente um modelo a ser seguido. Que o conhecimento por ser interpretado, por cada indivíduo de uma forma, está sujeito aos erros. Estes erros e ilusões são justificados pelo sujeito através do egocentrismo, pela mentira e por nossa memória, ativados como um processo de proteção e negação do erro, além da fantasia e do imaginário, que parece estar presente desde muito cedo na mente humana.

O autor explana, também, que racionalidade e racionalização são coisas diferentes, pois a racionalidade é a proteção contra o erro e a ilusão e que a racionalização é a afirmação reiterada de algo que se acha estar certo, não deixando abertura para novas teorias a não ser a que se acredita. 

sábado, 4 de novembro de 2017

Transtorno Global de Desenvolvimento.

          É fato que os professores que estão se esforçando para que a inclusão de certo são os mesmos que tem receio de lidar com alunos com TGD, não por não se achar capaz, ma sim pela falta de experiência em lidar com a situação, como, também a falta de apoio dos governantes, escolas e direção, no que diz respeito a assistência para qualificar professores e falta de verbas das escolas para se contratarem auxiliares e monitores e adquirir e construir jogos que facilitem na educação destes alunos. Ai vem ai a fala de alguns: Há mas para construir tais jogos pode-se usar material reciclado! Sim, pode e deve-se, mas infelizmente não é só de material reciclado que se fazem instrumenos para auxiliar na educação. A verba é sempre mínima e normalmente sai do bolso do professor.
          Verdades ditas, passemos para os vídeos do Instituto Helena Antipoff/RJ com as professoras Isabel Moura e Cristiane Botelho, mais o texto de Síglia Camargo e Cleonice Bosa. Instrutivos e de grande valia, pois  esclarece vários pontos de preconceitos aos alunos de TGD e seus estigmas.Relatam que durante muito tempo os alunos com TDG ficaram segregados, principalmente das escolas e instituições educacionais. A sociedade tem muita dificuldade de aceitar  os deficientes, por puro preconceito , pela falta de conhecimento,   criando assim esteriótipos sobre o deficiente. Nos vídeos as professoras relatam, ainda, que o aluno com TDG apresenta três dificuldades/transtornos nas áreas do desenvolvimento que são: interação social, comportamento, habilidades sociais. Todas muito sérias e que dificultam em muito o desenvolvimento. Mas há técnicas para amenizar e  proporcionar o desenvolvimento destes alunos, como a CCA (Comunicação Alternativa Ampliada) citados no vídeo, mais jogos, exercícios e uma boa dose de boa vontade dos profissionais, no caso professores, que estão recebendo amorosamente estes alunos, claro com preocupação e receio de saber tratar a questão.
Os autores dos vídeos e textos esclarecem, também, que:
- o crescimento da criança é resultado de suas experiência no grupo social;
- deve tratar o aluno com TGD igual aos outros considerados normais, mas com atenção a como o aluno com TGD tem mais facilidade de aprender, usando sempre que possível técnicas que facilitem o seu desenvolvimento;
- quanto mais o aluno aprende mais se desenvolve;
- o isolamento não contribui em nada para o desenvolvimento prejudicando muito os progressos que estes alunos poderiam ter;
- que o relacionamento entre as crianças, principalmente da mesma idade desempenha papel fundamental  no desenvolvimento das habilidades sociais, sendo assim fundamental a relação entre seus pares.
- Quem nem sempre a técnica utilizada será a priori utilizada em todos os casos, pois cada aluno tem suas especificidades;
- que a comunicação com a família é primordial, bem como a troca de experiência com os colegas.
Muito já foi feito pela inclusão. Mas ainda temos um longo caminho para além de incluir, integrar estes alunos na escola e na sociedade.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Deficiência e diversidade

Sempre houve na história deficientes. Cada civilização tratava os casos a sua maneira, mas geralmente  as pessoas deficientes eram deixadas para morrer ou mesmo assassinadas. Espartanos jogavam os deficientes ao mar ou em precipícios, tribos indígenas deixavam   para morrer, pois poderiam atrapalhar na hora da fuga e se vivessem seria mais uma boca para sustentar, preservação do grande grupo. Esquimós deixavam doentes e velhos   no gelo. Mas culturalmente, naquele tempo, podemos acreditar que era para um bem maior, pois certamente não era fácil para alguém normal sobreviver imagina-se para alguém deficiente. Acreditamos que a evolução humana venha sempre para um bem maior. O Homem sempre foi um bárbaro, matando para sobreviver, possuir , acumular e preservar o que acumulou. A segunda guerra nos mostra isso claramente, onde as minorias ,além dos judeus, foram perseguidas e assassinadas.
O ser humano traz consigo o preconceito que o deficiente ´e incapaz, que não tem autonomia e que sua deficiência faz todos os outros órgãos  e sentidos ficarem deficientes. Não aceita o diferente. Normalmente trata o deficiente caridosamente. 
O Texto de Izabel Maior faz referência aos episódios históricos citados acima e a cultura de que o deficiente é incapaz. Apresenta a normatização do Decreto  5296/2004  que tem por finalidade a proteção dos direitos dos deficientes e  os diferentes tipos de deficiência. Afirma , ainda que os deficientes são autônomos e se o meio  propiciar se tornam independentes. Podem, sim, fazer suas escolhas com apoio social. 
A deficiência  é um conceito em evolução, sendo transformado para especificar a deficiência e não rotular o deficiente. Izabel acredita que para haver uma socialização melhor e respeito pelo deficiente é necessário que aprendamos a lidar com o deficiente e suas limitações. Respeitá-lo em seus direitos e suas necessidades. 
Desenvolvimento e Aprendizagem

Ao ler os textos e ver os vídeos, constatei que quando Piaget fala de sujeito e objeto fica primeiramente meio confuso o tema,  pois os estudos do autor são muito complexos, mas  é no decorrer dos processos de leitura que aos conceitos vão se esclarecendo, pois para Piaget a aprendizagem está intrinsecamente ligada ao fato de se conhecer o objeto, agir sobre ele, modificá-lo,  transformá-lo, compreendendo os processos de transformação do modo como os objetos foram construindo e serão transformados. O conhecimento se  dá   quando o sujeito faz suas reflexões sobre a ações das mudanças que geraram  sobre tais objetos.
Outra parte interessante são os estágios onde se dão a aprendizagens e os conhecimentos, sendo quatro que se interligam. O primeiro é a maturação do sujeito   que é necessário para que o mesmo possa se apropriar das transformações sobre o objeto, mas na realidade não explica o desenvolvimento da capacidade cognitiva, a segundo estágio é a ação sobre o objeto. Seriam as experiências físicas ou lógicas do sujeito. Outros dois estágios são a transmissão social, pois o indivíduo trás consigo seus saberes, mas está introduzido em um meio social complexo,  e a equilibração.
A equilibração gera um estágio quase que infinito, pois a cada objeto modificado surgem novos desequilíbrios a serem superados. Ou seja, a cada desafio superado surge, ou pode surgir novos desafios requerendo novas ações e novas respostas, aumentando assim as aprendizagens, construindo conhecimentos.
Para que haja desenvolvimento e aprendizagem e para que os estágios acima se concretizem é necessário, para Piaget, que haja a assimilação. Muitas vezes subjetiva, o ser humano, vai com a assimilação agregando  e incorporando novas experiências, essenciais. Muito desta assimilação se dá na escola, pois é através de condições didáticas e pedagógicas, adequadas, que o aluno tem um crescimento na construção dos conhecimentos. O aluno não consegue, literalmente sozinho fazer a assimilar, na escola, de tudo que lhe é apresentado . São as condições didáticas e pedagógicas que o auxiliam. Neste ponto, entramos no vídeo de Fernando Becker que exemplifica os Modelos Epistemológicos e nos esclarece os mesmos, dizendo:  que no Método Apriorísta o aluno é descrito como nascido já dotado de inteligência ou talento sendo necessário para despertar o processo de maturação esperada nos indivíduos.  No Empirismo o aluno deve ser estimulado apenas pelo professor, pois este e mantenedor de todo o conhecimento. O professor comandará a ação e o a aluno fará, tudo, como o mestre indicou, muita vezes não reconhecendo o real objetivo da tarefa ou conceito dado. Já o Construtivismo, defendido por Piaget, requer que o aluno seja o sujeito atuante no processo do aprendizado. Que construa e reconstrua os saberes. Que tenha condições de fazer hipóteses, buscar e pesquisar informações, refletir sobre as a mesmas. Descobrir novos caminhos, em uma atividade espontânea.
Mas para haver o construtivismo, Becker, afirma que: a escola tem que ser um laboratório de novas e melhores experiências, onde as ações aconteçam. Que o aluno para apenas de escutar e copiar e passa e pesquisar e indagar. Que o professor não transmita só conhecimento, mas instigue seu aluno a pensar e procurar repostas.