domingo, 25 de março de 2018

EJA no Brasil


EJA
Neste semestre 2018/01 do PEAD a turma terá a disciplina EJA no Brasil. Importantes teorias serão estudadas e acredito que dados, também, serão coletados. Surpreendemo-nos com a primeira aula, que foi dinâmica e várias questões referentes à EJA começaram a ser analisadas. Quando surgiu a EJA no Brasil e o porquê da sua necessidade? Qual a clientela que freqüenta a EJA e qual as necessidades desta clientela? Acredito será uma disciplina bem interessante, pois  o tema é sempre atual.  Há algumas décadas a educação para jovens e adultos estava voltada a um público mais maduro, que necessitavam “aprender” a votar,  que não tiveram a oportunidade de estudar, por vários motivos e alheios as suas vontades. Atualmente a esses adultos misturam-se adolescentes que, também, por vários motivos, como: o fracasso escolar (várias repetições nas séries), gravidez, falta de acesso ao sistema educacional, dificuldades na transitabilidade para chegar à escola, ... ,não puderam concluir seus estudos em tempo hábil e estão retornando a escola por vários motivos como: ascensão e concorrência no trabalho, término do Ensino Médio, satisfação pessoal, desejo de fazer um curso superior, ...
Acredito será uma disciplina bem exigida, mas ao mesmo tempo prazerosa, pois como já citado trata-se de um tema sempre atual

Tecnologias da Comunicação e Informação


Rodeados de tecnologias não nos percebemos o quão intrinsecamente somos dependentes de algumas. A cada era  novas e múltiplas tecnologias nos são apresentadas. Algumas utilíssimas,  outras nem tanto, e outras que acabam sendo substituídas por novas tecnologias . Se fossemos traçar fidedignamente uma linha do tempo com todas as tecnologias importantes  apresentadas somente nos séculos XX e XXI, estas tecnologias não caberiam nos espaços/anos destinados na referida linha. Algumas tecnologias são simples e de fácil manuseio como os terminais bancários distribuídos em vários pontos de uma cidade ou o manuseio de aplicativos nos Smartphones,  e outros mais complexas que alguns realmente custam a aprender ou preferem não usar por sua complexidade, pela falta de acesso e estudo como  por exemplo a tecnologia neuromórfica.
Como nosso foco é o uso das tecnologias na escola, podemos fazer a seguinte conjectura: Possuem tecnologias mais caras e de ponta as escolas particulares do Brasil. O acesso as tecnologias, nas escolas públicas, se restringem a tecnologias de base, quadro negro/branco e muito empenho dos professores, pois quando há um laboratório de informática ou um datashow não podem ser usados por falta de manutenção ou internet.  Falta investimento dos órgãos competentes para se ampliar o uso das tecnologias nas escolas públicas, principalmente nas escolas estaduais que são responsáveis pelo ensino fundamental e médio.

Linguagem

Como se dá aquisição da linguagem?  Para  Skinner (teoria behavorista) a aquisição da linguagem se dá através de um condicionamento operante onde há um estímulo-resposta-reforço, ou seja trabalha sob a hipótese que o ser humano imita a linguagem, sendo, a criança, um receptor passivo  da mesma. Para Chomsky a linguagem seria inata, pois a dotação seria genética, pré-programada para a linguagem. Para Vygostsky a linguagem se dá da interação social entre os sujeitos e os ambientes que a rodeiam . Na área da Psicologia o teórico Sternberg acredita que  a linguagem está relacionada com um dom natural que , tbm é modificado pelo meio/ambiente social a qual o sujeito pertence.
Creio que a aquisição da linguagem abrange um pouco de cada teoria. São partes das teorias que formam um todo. Sem um aparelho fonador, o meio social e o estímulo seria muito difícil desenvolver a linguagem.

quinta-feira, 15 de março de 2018

linguagem

          Em qual momento o ser humano adquire ou se apropria da linguagem? Será por predisposição genética por possuir um aparelho fonador, ? Será  que a linguagem é  adquirida através de estímulos  externos, repetições, imitações  e associações? É através do meio que vive que o mesmo desenvolve sua linguagem, uma construção social ou pela necessidade de se comunicar? E se for pela necessidade de comunicação, precisamos da linguagem para tal? Seria a apropriação da linguagem  uma soma de vários fatores? Muitas dúvidas e vários questionamentos que certamente serão esclarecidos este semestre na disciplina de Linguagem e  Educação.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Educação

A Educação está em processo de mudança. Estamos nos deparando com temas novos com interdisciplinaridade, ensino globalizado, transversalidade e tendências progressistas. Temas que desengavetam as disciplinas e que  vão além do conteúdo, preocupando-se com ética, cidadania, meio ambiente, ... Está em foco o Construtivismo e os aprendizados significativos, onde o aluno e produtor de conhecimento e protagonista do seu saber. Está chegando a era das mudanças drásticas, onde o importante não é mais decorar a tabuada ou as regras de acentuação, e sim enfatizar a evolução dos alunos como pessoas e cidadãos.

Tendência Tradicional X Tendência Progressista.
              A  instituição escola vem se modificando, aos poucos mas de forma contínua. O aluno não é mais visto como “tabula rasa”, como descreve Jonh Locke (1632-1704) em sua tese no livro “Ensaio acerca do Entendimento Humano”, mas sim como escreve BECKER (p. 22, 2012): “Alias, o ser humano, não é tabula rasa. Antes, ao contrário, traz uma herança biológica, que é o oposto da “folha de papel em branco” da concepção empirista”.  É reconhecido como sujeito que constrói seu conhecimento através de suas ações e experiências,  aprende através de sua curiosidade e se encaixa no  modelo epistemológico Construtivista, como registra MACEDO (1993): “Ao construtivismo interessam as ações do sujeito que conhece”. 
Este fato deve-se a uma tendência totalmente progressista que caracteriza o ensino e a educação que tenha significado para os alunos e que valoriza o saber que cada um destes alunos traz consigo.  Faz parte deste processo, também o professor que dá ao seu aluno condições de aprender, mediando o conhecimento e propondo novas aprendizagens. BECKER (p.22, 2012) escreve da seguinte forma:
“ O professor tem todo um saber totalmente construído, sobretudo em uma determinada direção do saber elaborado (repertório cultural da humanidade). Esse professor, que age segundo o modelo pedagógico relacional, professa uma epistemologia também relacional. Ele concebe a criança (o adolescente, o adulto), seu aluno como posse de conhecimento de uma história de conhecimento já percorrida; por exemplo, a linguagem da língua materna ou das línguas maternas, no caso do bi ou trilinguismo. Esta aprendizagem é um fenômeno que não deve ser subestimado; ousaria dizer que a criança que fala uma língua, tem condições, respeitado o seu nível cognitivo, de aprender qualquer coisa”(BECKER, p.22, 2012)
              Lamentavelmente está tendência progressista esbarra em outra tendência enraizada no ensino brasileiro, uma tendência considerada tradicional, como mostrada no vídeo “Escolas Democráticas”, onde aulas são entediantes e sem muitos atrativos, com uma disciplina rígida, onde há reprodução automática dos saberes do professor, pois o mesmo se considera detentor de todo o conhecimento. Ao aluno cabe a função de copiar e decorar. BECKER (p.14, 2012) diz que neste modelo de educação “O professor fala, e o aluno escuta. O professor dita, e o aluno copia. O professor decide o que fazer, e em geral, decide o mesmo de sempre, e o aluno executa. O professor ensina e o aluno aprende.” FREIRE (p.57, 1970) descreve este processo como uma “concepção bancária da educação”.
  “A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem enchidos pelo educador. Quanto mais vai se enchendo os recipientes, com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente encher, tanto melhores educandos serão. Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquiva-los. Na visão “bancária” da educação, o “saber”é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais de ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro.”(FREIRE, p.57, 1970)
            Acumulados neste modelo epistemológico se agregam ainda o sucateamento da escola pública brasileira, onde o professor sem recursos faz malabarismos em sala de aula para tentar tornar sua aula interessante,  a acomodação de alguns professores, a desvalorização dos mesmos, e políticas públicas para a educação que estão distantes ou que não contemplam  todas as realidades.
            Todavia rumamos, como dito, lentamente e continuamente, para uma educação  de Interdisciplinaridade, transversalidade e métodos globalizados  que têm como enfoque o aluno como protagonista do seu saber. É necessário que nos foquemos na ideia de que:
“ (...) o verdadeiro conhecimento é aquele que é utilizável, é fruto de uma elaboração (construção) pessoal, resultado de um processo interno de pensamento durante o qual o sujeito coordena diferentes noções entre si, atribuindo-lhes um significado, organizando-as, relacionando-as com outros anteriores. Este processo é inalienável e intransferível, ninguém pode realizá-lo por outra pessoa (MORENO in BUSQUETS et al. 2000, p. 39)”.

Referências.
BECKER, Fernando – Educação e Construção do Conhecimento, 2. ed. – Porto Alegre: Penso, 20
BUSQUETS, Maria Dolors et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. Trad. Cláudia Schinlling. São Paulo: Ática, 2000.
FREIRE, Paulo – Pedagogia do Oprimido, 1970  (36.ª ed. 2003; 1.ª ed. 1970) Rio de Janeiro: Edições Paz e Terra