A criança sente muito prazer ao brincar. É algo natural, que estimula o cérebro, faz com que interaja com seus pares, definindo regras as quais vai assimilar e respeitar. O brincar inclui a fantasia, onde os pequenos abstraem tudo que há de bom em seu meio e sonham com coisas que talvez nunca tenham, mas há um crescimento neste processo, pois aprendem a lidar com as limitações, tanto suas quanto as do meio a que pertencem. Aprendem com a forma lúdica que podem não ter o que querem, mas que suas mentes trazem para a brincadeira sem esforço.
Por isso nos impactamos ao saber que um grande número de crianças trabalha forçadamente, perdendo momentos preciosos de seu crescimento, pulando etapas essencias para o seu desenvolvimento. Como a palavra diz, criança é uma pessoa pequena, ingênua, e é através desta ingenuidade e fragilidade que é abusada de muitas formas. O trabalho infantil não é algo novo, existe a milhares de anos e vem se perpetuando até os dias de hoje. Começa desde as eras em que os homens se achavam donos de outros, quando a escravidão era comum, onde muitos povos, não somente negros e índios, eram escravizados, mas todos que eram inimigos ou considerados incultos. Onde vidas eram epólios de guerras ou eram trocadas por dívidas e favores e não eram consideradas valiosas, apenas mão de obra.
Com o passar das eras e o fim da escravidão, a criança continua sendo usada como mão de obra barata, pois ainda é vista como um adulto pequeno. Ser criança é um conceito novo. Sendo considerado um adulto pequeno, poderia, sim, trabalhar como tal. Estes trabalhos, inicialmente, eram realizados dentro das famílias, nos campos, ou em trabalhos artesanais, onde havia um mestre para ensinar o trabalho. Com a revolução industrial surgem novos campos de serviços, obrigando as crianças, com precárias situações financeiras, a continuar trabalhando, agora em fábricas e industrias, sem nenhum direito ou segurança.
Atualmente, mesmo que não queiramos acreditar, o trabalho infantil, as vezes escravo, ainda existe no Brasil e no mundo, principalmente em países muito pobres e com guerras civis. A falta do brincar gera avanços ou nulidades de etapas importantes para o desenvolvimento infantil. O trabalho infantil causa prejuízos maiores ainda, prejuízos estes emocionais, físicos , intelectuais, sociais e morais. A formação de sua Identidade fica "perdida", confusa, a infância deturpada.
A criança é um ser tão especial e tão ingênuo que brinca mesmo trabalhando, usa as fantasias e sua imaginação para transpor as barreiras impostas pelo cansativo dia a dia, onde trabalha ao invés de brincar.
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ResponderExcluirEste texto é parte do texto do Projeto de Aprendizagem - Seminário Integrador - Com Diego Lutz, Rosangela La Regina, e Denise Cunha
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