terça-feira, 7 de junho de 2016

"Sou surda e não sabia" (filme)

          Achamos que certas realidades estão muito distante de nós, mas com certezas estas realidade baterão a nossa porta algum dia. Ao assistir o filme " Sou surda e não sabia",  observei   as  fases de dificuldades que um não ouvinte passa. A infância é, ao meu ver, a mais cruel destas fases. A criança não entende o que está acontecendo, os pais ficam frustados com a descoberta de ter um filho surdo. É uma difícil jornada para a criança e sua família, família esta que deposita muitas esperanças em uma "cura", que certamente não acontecerá. O filme relata a infância de Sandrine, que na mais tenra infância usa cheiros e toques para identificar a quem ama.  Já mais com mais idade tem a experiência de frequentar uma escola que não permitia a lingua de sinais, mas na pré-adolescência a partir dos 9 anos começa a frequentar uma escola bilingue. Um novo horizonte se abre a sua frente. Resumindo: a menina cresce e não se intimida com suas limitações, não aceita o rótulo de deficiente e se torna atriz.
          O bom de toda esta história é de que a humanidade evolui, no caso aqui, a evolução é na aceitação, para os surdos,  da língua de sinais de que todos deveriam/poderiam utilizar.
          Imaginem a dificuldade de comunicação de pessoas, surdas, que não conhecem os sinais. Deve ser muito decepcionante tentar oralizar e não conseguir, ou pior, achar que só os falentes "ditos normais" podem fazer "tal e tal coisa".
           Graças a coerência de muitos, principalmente de surdos e suas famílias os panoramas vão se modificando e leis foram criadas para legitimar a linguagem de LIBRAS.

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