quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Reescrevendo postagens IX

Filosofia - Diversidade


A educação vem sofrendo transformações, onde o diferente deve ser incluído e temas diversos e atuais devem ser trabalhados. Para garantir que tais temas sejam trabalhados existem os PCNs e Leis que garantem que tais assuntos sejam discutidos e argumentados dentro  das salas de aulas, pois é na infância que vamos afastando das crianças preconceitos ,seculares, incutidos desde cedo pelo meio em que vivem. A diversidade sempre existiu, mas estava sempre a margem da sociedade. É dever da escola (gestão ) proporcionar aos professores condições de trabalharem a Diversidade.  Na apresentação dos  PCNs (1997) está registrado que:  

Novos atores, novos direitos, novas mediações e novas instituições redefinem o espaço das práticas de cidadania, propondo o desafio da superação da marcante desigualdade social e econômica da sociedade brasileira, com sua conseqüência de exclusão de grande parte da população na participação dos direitos e deveres. Trata-se de uma noção de cidadania ativa, que tem como ponto de partida a compreensão do cidadão como portador de direitos e deveres, mas que também o vê como criador de direitos participando na gestão pública.

A lei  no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 regulamenta que , também, devemos oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer a cultura afro-brasileira e africana, pois o negro ainda é visto como diferente e inferior mesmo após  tantos anos da abolição da escravatura. Essa lei auxilia  e ampara o professor a buscar e trabalhar conteúdos transversais.

 Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

Nesta semana que comemoramos "A Consciência Negra", fica latente o quão importante é trabalhar a diversidade, nos temas transversais, e a cultura negra, pois os alunos mostram-se atentos, curiosos, argumentam e pesquisam com um interesse genuíno sobre assuntos pertencentes, muitas vezes a suas etnias e escolhas.

Referência:
Parâmetros Curriculares Nacionais : apresentação dos temas transversais, ética / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/busca?q=Art.+26A+da+Lei+de+Diretrizes+e+Bases+-+Lei+9394%2F96

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Reescrevendo postagens VIII

Projeto de Aprendizagem.
Relendo as postagens, encontrei  esta postagem que fala do Projeto de Aprendizagem. Nele eu fazia referência as diferenças de Projeto de Aprendizagem e Projeto de Ensino. Na época estava um pouco confusa sobre o tema, pois nunca havia trabalhado com PA. Ao fazer o estagio do PEAD, neste semestre a professora  comentou que gostaria que o estágio fosse com PA. Um grande planejamento foi realizado para o estágio visando o PA, pois, 

                                                           O desenvolvimento de um projeto de aprendizagem consiste na busca por  informações que esclareçam as indagações de um sujeito sobre a sua realidade.  Essas indagações se manifestam por inquietações advindas de suas vivências e  necessidades em conhecer e explicar o mundo. O objetivo é o desenvolvimento de um processo de aprendizagem que alcance a construção de novos conhecimentos,  em que o aprendiz possa sistemar informações ampliando sua rede de significações, possa reestruturar o raciocínio lógico sobre os novos significados enquanto elabora sínteses de respostas descritivas e explicativas para sua  curiosidade [...] (FAGUNDES, et.al., 2006, p.30).

Neste projeto ainda foi solicitado pela professora o uso das tecnologias digitais.


[...]a tecnologia é utilizada para o desenvolvimento da  autonomia  , da autoridade , da cooperação , do respeito mútuo e da solidariedade interna; para desenvolver competências; para ajudar a compreender como aprendemos, a partir de reflexões sobre o próprio processo de aprender ao utilizar as tecnologias – metacognição. Essa forma de perceber o uso das TDs é viabilizada por meio da criação de projetos de aprendizagem que priorizem a interdisciplinaridade; da proposição de casos, desafios e da construção de soluções individuais e coletivas; da constituição de redes de comunicação, de interação e de aprendizagem; da formação de comunidades virtuais. Nessas propostas, a aprendizagem é provocada e se traduz em movimento a partir da ação do sujeito em interação com o objeto de  conhecimento . Consiste em um processo individual, interno, de estabelecimento de uma rede de relações, atribuindo significado à nova informação, transformando-a em conhecimento (SCHLEMMER, p.37).

                          Qual foi minha surpresa, que após mais ou menos  uma semana de estágio  a sala de informática foi fechada e não foi autorizada pela direção da escola usar nenhum tipo de tecnologia , ainda, disponível na escola. Foi muito frustrante, mas decidi que o PA continuaria. Neste momento estamos na Meta 4 do PA, e todas as etapas têm sido satisfatórias. As metas percorridas com exito e os alunos construindo o conhecimento através de suas pesquisas, entrevistas e trabalhos. Tem sido bem gratificante o estágio com o PA. Vê-se melhor os resultados das aprendizagens dos alunos.

                                             Quando falamos em “aprendizagem por projetos” estamos necessariamente nos referindo à formulação de   questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento. Partimos do princípio de que o aluno  nunca é uma tábula rasa, isto é, partimos do princípio de que ele já pensava antes. E é a partir de seu   conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com o desconhecido, ou com novas situações,    para se apropriar do conhecimento específico – seja nas ciências, nas artes, na cultura tradicional ou na cultura  em transformação. Um projeto para aprender vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações nesse sistema  de significações, que constituem o conhecimento particular do aprendiz. (FAGUNDES).
Referências:
 FAGUNDES, Lea da Cruz - Aprendizes do futuro: as inovações começaram!
 FAGUNDES, L.C. et. al. Projetos de aprendizagem - Uma experiência mediada por ambientes telemáticos. Revista   Brasileira de Informática na Educação Volume 14 - Número 1 - Janeiro a Abril de 2006
 SCHLEMMER, Eliane. O trabalho do professor e as novas tecnologias. Revista Textual, p. 37, Setembro 2006.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Reescrevendo postagens VII

Deficiência e diversidade.

Lendo o texto  "Deficiência e diversidade", onde escrevi que sempre existiram deficientes, explanaria, agora, que os deficientes em  épocas anteriores e culturas diferentes sempre foram tratados ou vistos como um estorvo, à família, ao clã ou a tribo. Nos séculos passados a vida era muitíssimo mais difícil. Um deficiente era uma boca a mais para comer, dava muito trabalho para ser tratado em casa era motivo de vergonha familiar e não produzia seu próprio sustento. Hoje, com o advento da inclusão, podemos dizer que a inserção do deficiente está mais aceitável na sociedade. Há novos parâmetros de convivência familiar com o deficiente e uma nova cultura onde deve haver a inclusão e a acessibilidade. Portas estão abertas aos diferentes e deficientes, pois há leis que os respaldam. Claro que há, ainda, um longo caminho a ser percorrido, mas os deficientes já possuem, na medida do possível leis que asseguram sua subsistência, sua inclusão e sua acessibilidade. O panorama cultural está mudando e o deficiente não é mais visto somente como um estorvo. Há pessoas com deficiências inclusos no mercado de trabalho, na educação e em vários ambientes. Não estou afirmando com isto que está tudo ótimo, mas já há grandes avanços neste sentido. O deficiente é visto, no presente, como ser social, que tem seus direitos e deveres e muitos são considerados capazes e autônomos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Reescrevendo postagens VI

Libras & Música

         Ao reler esta postagem me dei conta da mediocridade da mesma. Não consegui argumentar nada das disciplinas e somente fazer queixas.  Se fosse hoje escreveria que as duas disciplinas são de suma importância no currículo do professor. É uma pena que nós professores só consigamos ter contato com estas disciplinas na faculdade ou em algum curso fora da mesma quando procuramos uma especialização. Seria importante não esquecermos  todos os ensinamentos obtidos neste período de aprendizado. Em LIBRAS, com certeza,  é mais difícil de mantermos na memória tantos símbolos feitos com as mãos, pois ainda não temos um número expressivo de pessoas surdas inclusas nas salas de aula. Salientaria, também, a luta dos surdos pelo reconhecimento através  das lutas do movimento surdo brasileiro. Sempre excluídos e colocados à margem da sociedade. Campello & Rezende escrevem que:

Somos intelectuais em busca de uma produção política legítima para a educação dos surdos, que significa uma política educacional permeada pelas necessidades e anseios dos alunos; uma política que condiz com nossa luta, com nossas experiências de vida, com nossos anseios pelos e ao lado de nossos pares surdos, em busca do direito de as crianças surdas terem, desde a mais tenra idade, a possibilidade de adquirir a Identidade Linguística da Comunidade (CAMPELLO;REZENDE)

 Quanto a Música acredito, hoje, que deveríamos utilizar mais a mesma em sala de aula. Ao aprender sobre as tecnologias digitais constatamos que a música é mais uma ferramenta que auxilia no aprendizado.  Infelizmente, na correria do dia a dia acabamos por excluir a música do nosso planejamento. Araújo diz que: A música tem um grande poder de interação e desde muito cedo adquire grande relevância na vida de uma criança despertando sensações diversas, tornando-se uma das formas de linguagem muito apreciada por facilitar a aprendizagem e instigar a memória das pessoas (ARAÚJO), continua afirmando que: 

Sabendo que as aulas de educação artística, onde a música está inserida não tem um papel de grande destaque no currículo escolar, uma vez que as disciplinas seguem uma regra hierárquica, onde as que são tidas como as mais importantes para o desenvolvimento escolar do aluno tem um enorme destaque e são tidas como as demais necessidades para a vida escolar e social do aluno, enquanto as demais disciplinas que estão presentes no currículo são levadas em “banho-maria” nas salas de aula (ARAÚJO).

Araújo diz ainda:

Pode-se atestar que através da música as distintas áreas do conhecimento podem ser incitados. Temos na musicalização um apetrecho para amparar os educandos a desenvolverem o espaço que une expressão de sentimentos, valores culturais, ideias e facilita a comunicação própria do indivíduo. Portanto cabe a nós buscarmos a maior variedade de informações e inserirmos o conhecimento no nosso convívio no dia a dia para que assim interfiramos positivamente e provoquemos nos alunos a verdadeira motivação (ARAÚJO)
A educação musical necessita considerar que o ensino e a aprendizagem de música não ocorrem apenas na sala de aula, mas em circunstancias mais ampla. Por isso, o professor não deve discutir a música na escola, mas refletir sobre em que a educação musical pode ajudar no dia a dia dos alunos, interesses e dificuldades, buscando sempre decifrar a realidade em que vivem e atuam e quais formas de conhecer e aprender. (ARAÚJO).
O ato musical no espaço escolar ajuda no processo de aprendizagem despertando e estimulando a área afetiva, cognitiva e linguística das crianças. As regalias que a música proporciona nesta fase, seja pela expressão de emoções, seja pelo raciocínio, sociabilidade, concentração, comunicação, é de grande aproveitamento para a vida (ARAÙJO). 
CAMPELLO, A. R.; REZENDE, P. L. F. Em defesa da escola bilíngue para surdos: a história... 72 Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 2/2014, p. 71-92. Editora UFPR Surda.
ARAÚJO, Kenia Kerlley Saraiva de, (https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-contribuicao-da-musica-para-desenvolvimento-e-aprendizagem-da-crianca.htm)

Reescrevendo as postagens V

Brincar

          Na primeira aula, presencial, de Ludicidade, voltei a ser criança! A muito tempo não me permitia brincar. Redescobri em poucos minutos a importância das brincadeiras e de como elas nos influenciam. Sai da sala de "bom humor" e com a séria intenção  de usar a brincadeira dentro da sala de aula. No dia seguinte, entrei na sala de aula, larguei a bolsa, dei bom dia e me virei de frente para o quadro, encostada no mesmo, comecei a contar 1, 2, 3, ...10. Qual foi a minha surpresa ao escutar os alunos se escondendo debaixo das classes. Eles, os alunos, com certeza sabiam que seriam encontrados, mas adoraram a novidade, alguns até conseguiram ser mais rápidos e "bater no ferrolho": 1, 2, 3, fulano, ... Foi muito bom!
          Lendo os textos sugeridos, me convenci que a brincadeira é muito mais importante do que imaginava, e que é realmente algo muito sério e necessário. É através das brincadeiras que muitas crianças organizam ativamente situações que estão vivendo passivamente. Que as mesmas se socializam, interagem e aprendem a dividir. Aprendem limites e regras, e as regras mais importantes aprendidas nestes momentos não são as regras ditadas pelo adulto e sim a regras escolhidas pelos seus semelhantes, aqueles que brincam junto. Através da brincadeira os pequenos desenvolvem a cognitividade, aprendendo com o faz-de-conta a resolver situações que as vezes são frustrantes, mas concernentes as suas idades.
          Huizinga (1971) entende o jogo como elemento fundante da cultura, e que as instituições sociais evoluem a partir de práticas lúdicas.
          A brincadeira não é necessariamente algo que deva ser coerente ou sempre certo, pelo contrário ao brincar e errar ou fantasiar é dali que resultam aprendizados  tão importantes. Em varias ocasiões são usadas técnicas com brincadeiras como em terapias , dinâmicas de emprego, aulas de graduação, seminários, ..., lugares onde o adulto deve ser lembrado que a brincadeira é algo essencial importante no amadurecimento humano. Wenner (p. 28, 2011) escreve que: "Muitos  programas de treinamento executivos apostam em brincadeira infantis para ajudar profissionais e se conhecer melhor."
          Portanto, brincar além de ser muito bom, faz parte da evolução do indivíduo. O brincar se torna importante a medida que auxilia " a manter a saúde emocional" Wenner (2011), auxiliando a criança a passar os períodos de ansiedade, confusão e construção da identidade. Outro fator importantíssimo da brincadeira é a parte social, onde a criança, com o brinquedo, inicia sua socialização aprendendo a repartir e se colocar no lugar do outro. A criança inicia um processo de resolução e compreensão das diferenças com seus pares. Ao começar a amadurecer as pessoas esquecem-se de continuar brincando. Deixam a rotina e a ansiedade tomar conta. Esquecem-se como é ser criança e passam a não entender a necessidade da criança de brincar. Normalmente quando uma criança entra para a escola, o pai começa a deduzir que: se não há nada escrito no caderno aquele dia e a criança foi para o pátio brincar, aquele dia foi perdido e ela não aprendeu nada. Infelizmente não sabe quão grandiosos foram os aprendizados daquele dia. 

Referência.
WENNER, Melinda - Brincar e coisa séria - Mentecérebro, janeiro 2011.