terça-feira, 19 de setembro de 2017

Modelos Pedagógicos, Psicológicos e Epistemológicos - Psicologia II

Os modelos de Aprendizagem são vários, com teorias amplas sobre o tema. Na psicologia temos os modelos de Gestalt (Insigt) onde se acredita que a capacidade de aprender são herdadas pelos indivíduos, por talento, raça ou gênero (bagagem hereditária). Na teoria do Reforço acredita-se que o sujeito aprende porque ele repete o modelo que é imposto, seu estímulo é diário e pela repetição. O aluno vem como tábula-rasa. Na Teoria Psicanálitica de Froid o aprendizado se dá por herança genética mais o meio social, usando muito a afetividade para acontecer o aprendizaqdo. Para Froid o aluno aprende pela assimilação.
Na pedagogia as teorias são divididas em Diretiva e Não Diretiva. Na teoria Diretiva o sujeito ativo é o professor, onde se origina todo o conhecimento, o aluno, também é tábula-rasa, e sofre com o autoritarismo, cocção, heteronomia e subserviência. Na Não Diretiva o professor aparece como facilitador/mediador,mas interfere o mínimo possível.  O aluno trás seus saberes  e  o mesmo aprende por si só.
As teorias Epistemológicas estão divididas em três: Empirismo, Apriorismo e Construtivismo.  Na primeira, o Empirismo as aulas são rígidas e expositivas, heterônima com reprodução e repetição.  O professor é a parte ativa do processo, considerado o dono da sabedoria e o aluno ao contrário é o passivo, aprende o que o professor ensina. No Apriorismo o professor não interfere, na aula o aluno faz o que quer e o aprendizado é despertado pelo Insigt, pois o aluno trás a capacidade de saber a priori. Na terceira teoria, a Constutivista o aluno e professor aprendem juntos. O aluno desenvolve sua capacidade de aprender enquanto o professor acredita que seu aluno aprende por que é ativo e dinâmico. As aulas são lugares de descobertas e pesquisas onde o aluno problematiza suas ações para construir o conhecimento.
O mais interessante desta teorias é que dentro da sala de aula elas podem se mesclar pois abrangem o psicológico e o lado pedagógico das aprendizagens.

domingo, 17 de setembro de 2017

Cultura Indígena -

  Ao ver o vídeo "Museu do índio - Povos indígenas: Conhecer para valorizar " e ler o texto "A temática indígena na escola: ensaios de educação intercultural",  me deparei com a diversidade de culturas desconhecidas, pois índio é um termo genérico e errôneo. São várias tribos, várias etnias, vários dialetos e tradições diversificadas. Passamos aos nossos alunos, sem querer, que a cultura indígena faz parte do passado. Fazemos parecer que eles não existem mais, isto por pura ignorância. 
   Índio é ser presente, sofredor de muitos preconceitos, mas vive para por a prova toda  uma sociedade que não acredita na sua subsistência, na sua permanência na sociedade como um povo cheio de tradições e uma cultura riquíssima e diversificada. Se adapta ao contemporâneo, ajusta-se as mudanças, evolui, mas continua a preservar seus saberes. 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ed. Pessoas c/necessidades especiais

Ao fazer a atividade proposta pela disciplina, Dossiê, me deparei com a constatação da difícil tarefa da minha colega de serviço, professora do segundo ano. Ela tem em sua sala um aluno autista. Minha colega não se sente preparada para assumir tal compromisso, ma em nenhum momento se nega a atender o aluno. Faz todo o possível para integrá-lo a turma e a escola.
(R) é autista, tem doze anos e cursa o segundo ano. Está alfabetizado, mas como é aluno novo este ano, supomos que grande parte deste feito é mérito da mãe, pois (R) tem crises de agressividade, é agitado, não aceita contato físico, ficando muitos dias sem poder vir a aula. Quando comparece a aula seu horário é diferenciado, sendo das quinze horas as dezessete horas. Apenas duas horas por dia.  Neste período, que o aluno está na eccola,  a professora não consegue dar atenção para o resto da turma, pois (R) exige muito da mesma. É uma tensão constante dentro da sala de aula, pois além de (R) ser autista há outros dois alunos na sala com hiperatividade e outros dois, um pouco mais violentos, oriundos de casas de passagens/abrigos. 
       Mesmo a sala tendo vinte e cinco alunos, (R) com laudo, a professora não tem uma monitora junto. Trabalha sozinha.  A professora não tem nenhum  curso especial para lidar com o aluno deficiente. Vai fazendo o melhor que pode.
         (R) está incluso na escola, como determina a lei, mas não está integrado a mesma, pois faltam estruturas humanas e logísticas para receber este aluno. Seriam necessárias várias coisas para integrar este aluno, mas a escola esbarra sempre na burocracia e na falta de verbas para atender alunos com necessidade especiais. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Historia Geral do Atendimento à Pessoa com Deficiência.

          É na Idade Média que começam a surgir as primeiras ações em relação aos deficientes, com o surgimento do cristianismo. Anteriormente, na Pré-História não se tem registro de pessoas com deficiências, mas se existiram, foram abandonados à própria sorte, pois, sendo naquela época  os povos nômades, não podiam ter alguém dependente da tribo ou de algum familiar. Tudo era muito difícil,  caçar e pescar para outra pessoa demandava muito tempo e esforço.
         Na antiguidade, onde predominavam as guerras e ainda o esforço para se alimentarem, pois surgiram as plantações e os rebanhos que tinham que ser cuidados, isto tudo manualmente, os deficientes não tinham espaço, sendo mortos ao nascer. Na Idade Média o deficiente passa a ter uma alma, então considerado ser humano, mas não tem direitos civis. Nesta época, alguns deficientes são abrigados em mosteiros, conventos e asilos. Mas , também, as atrocidades contra os deficientes aconteciam sem piedade.
          No século XVI o deficiente começa a ser visto como enfermo, que necessita de tratamento e também de educação, mas este processo  é moroso  e de difícil aceitação.No século XVII John Locke define a deficiência como carência de experiencias (tabula rasa).
           Na era contemporânea vários autores estudaram as deficiências: Itard, Fodére, Pinel, ... Cada um formando teorias cada vez mais substanciais sobre a doença. Logo a preocupação dos estudiosos como Pestallozzi, Froebel, é voltada para a educação da crianças englobando, ai, as crianças com deficiência. É claro que este processo de inserir o deficiente na educação não aconteceu num átimo, o processo foi longo e mais acessível aqueles indivíduos que residiam nas capitais. Surgem no século XX as escolas Montessorianas com uma logística e instrumentos para tentar facilitar o aprendizado dos deficientes.
        No Brasil  muitos deficientes, eram  deixados  nos hospitais,  sendo o Hospital Juliano Moreira em Salvador a primeira instituição voltada ao atendimento aos deficientes mentais. A Psicologia e a Pedagogia começam a tomar "forma", sendo aplicadas ao invés da medicina convencional. No século XX surgem as instituições de natureza filantrópica e as APAES, que auxiliam na educação e inserção dos deficientes na sociedade.
        A partir de 1973 é criada o Centro Nacional de Educação Especial, em 1986 a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência  e em 1987 as Diretrizes da Educação Especial, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, de 1987,  tem por indicação que o aluno excepcional deve ser integrado no processo educacional . A Constituição Federal (1988) tem em um de seus itens a garantia do atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na escola regular. Em 1989, a Lei Federal 7853 designa a oferta obrigatória e gratuita da Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino e prevê crime punível, para os dirigentes de ensino público ou particular que recusarem e suspenderem, sem justa causa, a matrícula de um aluno. Em 1990, o Brasil  é aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que insiste que a Constituição seja cumprida.Em 1994 é assinado o Tratado de Salamanca que registra  a garantia dos direitos educacionais. Em 1996, a Lei Federal 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, ajustou-se à legislação federal e apontou que a educação das pessoas com deficiência deve dar-se, preferencialmente, na rede regular de ensino. Em 1998, o MEC (Ministério da Educação) lança documento contendo as adaptações que devem ser feitas nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), a fim de colocar em prática estratégias para a educação de alunos com deficiência. E, em 2001, o Ministério publica as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

Referências
Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.

 

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Preconceito - atividade de Seminário VI

Na escola onde leciono tem uma menina , designada aqui como (SR). No ano passado fui sua professora no primeiro ano. (SR) demonstrou dificuldades de acompanhar o ritmo da turma, concluiu o primeiro ano escrevendo seu nome só com as  consoantes.  Tem problemas com a fala. Tem dificuldade de se concentrar e de ficar sentada. Passa muito tempo andando pela sala, apontando o lápis. A chamo de "minha borboletinha".   Se não fosse pelo sistema de alfabetização até o terceiro ano, com progressão continuada, certamente (SR) ficaria mais um ano comigo.
         (SR) além das dificuldades na alfabetização sofre um preconceito muito forte dos colegas. Menina negra, pobre, moradora de uma invasão, sem condições básicas de saneamento básico, por isso as vezes não tem uma higiene correta, e ainda é levada pelo pai para mendigar no centro da cidade e a família é assistia pelo "Ação Rua".  Os colegas a evitam muito. As meninas  não a convidam para brincar. Mas (SR)é uma guerreira. é "cria" da escola, apadrinhada por muitos professores e por eles acarinhada. (SR) nos contagia, pois por mais difícil que seja a situação, como neste ano que seu barraco pegou fogo, (SR) estava lá sorrindo. Talvez sorria sempre por ser uma característica só sua, mas muitas vezes notamos no seu olhar uma tristeza por ser excluída. 
         Neste momento nos perguntamos: como podem crianças de 6 a 7 anos já terem um preconceito tão forte. Acredito que não são ensinadas pelos pais, pois muitos não conhecem (SR). Então de onde vem esta intolerância com a figura de (SR). (SR) sofre com isso, sabemos. Fazemos de tudo para integra-la ao grupo, mas é sempre rejeitada. (SR) não sabe o significado da palavra preconceito, mas já lida com ele mesmo tendo só sete anos.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Aprendizagem - Filosofia da Educação

          Aprendizagem é um fenômeno relacionado com o ato de aprender. O aprendizado depende de estímulos e respostas, favorecendo as adaptações do sujeito ao meio. Está intimamente ligado as experiências de cada indivíduo.
         Na escola a construção do conhecimento é feita pelo sujeito, onde o mesmo reconstrói continuamente este processo. Na educação a aprendizagem tem como co-autor o professor, onde o mesmo serve de mediador na construção do conhecimento.